Os educadores da rede municipal de ensino de Uberaba, no Triângulo Mineiro, vão paralisar suas atividades nos dias 23, 24 e 25, em adesão à greve nacional da categoria. A paralisação faz parte da 14ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
Segundo o Sindicato dos Educadores do Município de Uberaba (Sindemu), a administração municipal não tem cumprido a Lei 11.738/08, que determina o pagamento do Piso Salarial Nacional à categoria - de R$ 1.567,00 para início na carreira.
“Com salários baixos, muitos professores têm desistido das aulas. O resultado disso é a falta de professores em quase todas as escolas municipais. Os que ficam na escola trabalham em dois cargos (60 horas semanais) ou mais”, constata o presidente do Sindemu, Adislau Leite da Silva.
Segundo ele, nem mesmo o tempo para estudo, correção de provas e preparo das aulas é reconhecido pela prefeitura. “A lei determina 33% da jornada devem ser destinadas às atividades extraclasse, mas a prefeitura também não cumpre esta cláusula”, disse.
Adislau também denuncia que as salas de aulas de muitas escolas de Uberaba estão lotadas e que o excesso de burocracia e a violência têm prejudicado o trabalho dos professores na sala de aula. “Por conta disso, muitos educadores têm adoecido no trabalho”.
Além do pagamento do piso salarial nacional, os educadores reivindicam a implantação de 1/3 da jornada extraclasse; plano de carreira; 100% dos royalties do petróleo para a Educação; 10% do PIB para a Educação; além da valorização profissional e melhores condições de trabalho.
Fonte texto: Blog da CTB MG
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