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terça-feira, 6 de outubro de 2020

Sara Winter vira piada nas redes ao perceber que não passou de “bucha de canhão”

"Não aguento mais, talvez eu devesse virar feminista de novo, puta, petista, sei lá. Assim pelo menos eu teria a atenção do governo". Sara Winter, que cumpre prisão domiciliar, vira chacota nas redes por vídeo em que chora e detona Bolsonaro
 
Em uma longa publicação em sua conta no Facebook, Sara, que foi presa em 15 junho por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, no âmbito do inquérito que apura manifestações de rua antidemocráticas, diz não reconhecer mais o presidente. Ela está em recolhimento domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica desde o fim daquele mês.

A extremista Sara Winter, apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e principal porta-voz do grupo bolsonarista autodenominado “300 do Brasil”, usou as redes sociais para criticar o governo e o mandatário.

Em uma longa publicação em sua conta no Facebook, Sara, que foi presa em 15 junho por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, no âmbito do inquérito que apura manifestações de rua antidemocráticas, diz não reconhecer mais o presidente. Ela está em recolhimento domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica desde o fim daquele mês.
 
“Não sei mais quem ele (Bolsonaro) é. O homem que eu decidi entregar meu destino e vida para proteger um legado conservador”, disse.

Em uma sequência de vídeos postados na função stories do Instagram, Sara chorou e disse estar com depressão. “Eu vou ter que levantar e resolver os meus problemas. E não tem Bolsonaro para ajudar e não tem Damares (ministra da Mulher, da Família e dos Diretos Humanos) para ajudar”, falou.
A ativista disse sentir “inveja” do ministro do STF, Dias Toffoli, por ter ganhado um abraço do presidente. Imagens da CNN Brasil mostraram Bolsonaro abraçando o ex-presidente da Corte durante uma reunião no sábado (3) com a presença do desembargador Kassio Nunes Marques, indicado para ocupar a vaga de Celso de Mello no Supremo.

Segundo Sara, todas as pessoas que tiveram contato com ela, a começar pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Diretos Humanos, estão sendo exonerados. Ela foi servidora da pasta, mas acabou desligada em outubro do ano passado.

A ativista acrescentou que um ofício protocolado por sua defesa no ministério em junho sobre sua prisão, que classifica como “política”, não foi analisado.

“Não aguento mais. Não aguento mais. Tanta gente fala que sou infiltrada. Talvez eu devesse virar feminista de novo. Feminista, puta, petista, sei lá. Assim pelo menos eu teria atenção do governo, teria sua estima, teria meus direitos reestabelecidos. Acorda Bolsonaro. Já tá bom de dar surra em quem gosta de você”, disse Sara.

Nas redes sociais, Sara virou motivo de piada, inclusive entre ex-bolsonaristas.

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