Durante uma sessão plenária do Tribunal do Júri no interior da Bahia, o referido promotor se dirigiu à defensora pública Fernanda Nunes Morais da Silva dizendo que ela ficasse calma porque a “primeira vez com um negão não dói”. O episódio lamentável mostrou, mais uma vez, como as mulheres ainda são vítimas de machismo nos diversos segmentos de suas vidas – inclusive no exercício de suas profissões – onde, muitas vezes, sofrem constrangimentos, coações, ridicularizações de cunho sexual, piadas baseadas nos ultrapassados pensamentos do patriarcado, dentre outras.
A Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos, assim como diversas outras entidades, demonstraram publicamente o seu repúdio diante do ocorrido, já que é inadmissível que tenhamos práticas misóginas e sexistas dentro e fora das relações de trabalho.
O constrangimento não doeu apenas na Fernanda. O constrangimento doeu em todas nós que ainda enfrentamos o machismo, independentemente da classe social que ocupamos. E que muitas vezes somos surpreendidas com condutas que nos humilham vindas de pessoas que deveriam exatamente nos proteger e lutar para garantir a nossa dignidade.
Fonte: Justificando
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