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terça-feira, 16 de julho de 2019

Imigrantes em SP se tornam embaixadores culturais e promovem diversidade

Iniciativa conjunta da plataforma Airbnb e da ONG Migraflix busca valorizar diversidade cultural da capital paulista e promover inclusão sócio-econômica dos migrantes
“É bom o sabor da liberdade, não é?”, brinca o haitiano Manier Sael ao oferecer a Joumou, conhecida como “Sopa da Liberdade”. O saboroso prato, que era restrito aos colonizadores franceses, se tornou um dos símbolos da revolução haitiana – que levou o país caribenho à independência em 1º de janeiro de 1804 – e costuma ser servido nessa data também como forma de começar bem o Ano-Novo.
“É bom o sabor da liberdade, não é?”, brinca o haitiano Manier Sael ao oferecer a Joumou, conhecida como “Sopa da Liberdade”. O saboroso prato, que era restrito aos colonizadores franceses, se tornou um dos símbolos da revolução haitiana – que levou o país caribenho à independência em 1º de janeiro de 1804 – e costuma ser servido nessa data também como forma de começar bem o Ano-Novo.
Essa e outras experiências que permitem verdadeiras imersões na história e na cultura de diferentes países podem ser prestigiadas em São Paulo por meio do projeto Raízes na Cidade, uma parceria da plataforma Airbnb com a ONG Migraflix.
Ao longo de três meses, 50 imigrantes – incluindo pessoas em situação de refúgio – de 20 países foram selecionados pelo Migraflix e passaram por um curso de capacitação para se tornarem empreendedores culturais e anfitriões da categoria de Experiências do Airbnb, oferecendo atividades culturais relacionadas às suas histórias de vida e de seus países.
Joumou, conhecida como “Sopa da Liberdade”, faz parte da experiência cultural oferecida pelo haitiano Manier Sael.
Ao final do curso, uma nova seleção destacou 20 propostas para integrar a área de Experiências do Airbnb – clique aqui e veja as opções disponíveis. O leque é amplo e contempla áreas como gastronomia, dança, música, pintura, artesanato – e até mesmo dois ou mais desses elementos.
Os valores das experiências culturais variam de R$ 40 a R$ 130 por pessoa – a renda obtida é 100% direcionada para os imigrantes.
Dez dessas experiências culturais foram selecionadas para uma demonstração oferecida para convidados em uma casa preparada pelo Airbnb no último dia 2 de julho, na capital paulista.
Novos olhares, novas conexões
“Acreditamos profundamente no capital humano que essas pessoas representam. A hora que eles fazem convites a outros para vivenciar essas experiências, acima de tudo, estão construindo diálogo e novas formas de se comunicar. Estão construindo uma nova forma de convivência e de construção de sociedade”, afirma a vice-diretora do Migraflix, Camila Batista, sobre as experiências culturais oferecidas pelos imigrantes.
Esse sentimento é compartilhado pelos imigrantes que estão na plataforma. É a partir de um brunch que a venezuelana Yilmary de Perdomo escolheu mostrar um outro lado de seu país e abrir novas portas para seu projeto gastronômico.
“[Estar no Airbnb] Representa uma janela a mais para meu trabalho. E também para mostrar que a Venezuela tem coisas muito boas”.
A venezuelana Yilmary de Perdomo, que fala de seu país por meio da gastronomia.


Com sua oficina, a boliviana Marcia Elizabeth resgata a tradição do bordado em bastidor que é aplicado nos trajes de dançarinos de diferentes danças folclóricas de seu país.
“Você pode ir a qualquer lugar do mundo. Só não pode esquecer de onde veio”, afirma ela, citando um ditado da cultura aymara.
Da República Democrática do Congo, o artista plástico Duchelier Mahonza mostra o design dos tecidos africanos e ensina técnicas de pintura típicas do país. “Falar de tudo isso nos ajuda a mostrar nosso conhecimento e mostrar que nós também existimos”.
Na seara musical, uma das opções é a sul-africana Nduduzo Siba. “Quero levar a dança e música zulu para o mundo”, sintetiza ela sobre sua etnia, uma das diversas que compõem o país natal.
Já a arqueóloga síria Yamam Saad oferece comidas típicas de seu país para mostrar o antes e depois da capital e sua cidade natal, Damasco. “Não quero mostrar um páis destruído, quero mostrar o outro lado”.
Fonte: Migra Mundo
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