O
presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta quarta-feira (12/09) que os
dois britânicos apontados por Londres como suspeitos de envenenar o ex-espião
Serguei Skripal no Reino Unido não são criminosos e foram identificados como
civis.
O envenenamento de Skripal e de sua filha Yulia Skripal com um agente nervoso na cidade britânica de Salisbury, em março deste ano, provocou uma crise diplomática entre Moscou e Londres, que acusou a Rússia de estar por trás do ataque.
O envenenamento de Skripal e de sua filha Yulia Skripal com um agente nervoso na cidade britânica de Salisbury, em março deste ano, provocou uma crise diplomática entre Moscou e Londres, que acusou a Rússia de estar por trás do ataque.
"Nós
sabemos quem essas pessoas são, nós os localizamos", disse Putin sobre os
dois suspeitos durante um fórum econômico na cidade de Vladivostok. "Não
há nada especial ou criminal a respeito, eu garanto."
Questionado
pelo moderador de um painel se os homens trabalham para o serviço militar,
Putin respondeu que ambos são "civis" e pediu que eles venham a
público.
"Gostaria
de fazer um chamado para que eles possam nos ouvir hoje: eles deveriam entrar
em contato com algum veículo da mídia. Espero que eles se apresentem e falem
sobre si", disse o presidente.
As autoridades britânicas emitiram mandados de prisão europeus
contra Alexander Petrov e Ruslan Boshirov, suspeitos de serem agentes da
inteligência militar da Rússia, a GRU. Petrov e Boshirov teriam sido enviados
para matar Skripal, ex-espião russo que teria dado informações à inteligência
britânica. Skripal foi preso na Rússia antes de ser libertado em uma troca de
espiões em 2010.
O governo britânico sempre acusou a Rússia de ter orquestrado o
ataque, algo que o Kremlin nega. Em represália, Reino Unido e aliados,
incluindo Estados Unidos e nações europeias, expulsaram à época dezenas de
diplomatas russos, enquanto Moscou fez o mesmo com diplomatas estrangeiros. Ao
todo, as ordens de expulsão atingiram mais de 300 funcionários em vários países.
O agente nervoso utilizado contra Skripal e a filha foi o mortal
Novichok, desenvolvido pelos militares soviéticos durante a Guerra Fria. A
primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, disse que o uso do agente foi
quase certamente aprovado "por um nível sênior do estado russo".
Poucos dias após o envenenamento, o então ministro do Exterior do
Reino Unido, Boris Johnson, associou Putin diretamente ao crime, acusação
firmemente negada pelo presidente russo.
Fonte: Opera Mundi
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