Não precisa ser especialista em marketing eleitoral para ver o que
significa o dado ressaltado hoje, em manchete, por O Globo:
“Entre as mulheres, 51% ainda estão sem candidato a presidente“,
quando a resposta é espontânea. Idem na estimulada: 22% entre as mulheres
contra 12% entre os homens, na soma de “não sabe” + “brancos e nulos”.
Nada diferente do que foi registrado aqui como o que procurava o programa eleitoral de Haddad
no sábado.
Era a fraqueza que, embora endógena a um candidato que se
apresenta como “a alvorada do macho”, Jair Bolsonaro procurava compensar até
com vídeos fake, produzido com
imagens que se vendem por uns trocados na internet.
Procurava, mas foi atropelado pelas patas de seu vice, Hamilton
Mourão, que classificou os lares mantidos por mães e avós como “fábrica de
desajustados”.
Então, embora com uma origem de classe média – mas com potencial
de permear a sociedade, inclusive por conta da adesão de personagens populares
– veio o “ele, não”.
Vai se configurando, por conta da fraqueza dos demais candidatos e
pelo perfil pessoal de Fernando Haddad um outro fator, além do imenso
fator Lula, a favor do candidatura petista, que já se apontara aqui: um “voto útil feminino”.
E não só delas.
Fonte: O Tijolaço
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