Siga a gente aqui!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Alexandre de Moraes ganhou indicação ao STF por prender ladrão de celular de Marcela

Temer ainda era vice. O celular de Marcela havia sido clonado. Alexandre de Moraes prendeu o ladrão e ganhou a confiança do conspirador. Virou ministro da justiça e acabará chegando ao STF.
Ele ainda era secretário de segurança de Alckmin, em abril de 2016, quando o então vice Michel Temer o chamou para resolver um probleminha. O celular de Marcela Temer, sua esposa, havia sido clonado. O ladrão acessara e-mails e fotos íntimas e pedia dinheiro para não divulgar os dados.
Ele ainda era secretário de segurança de Alckmin, em abril de 2016, quando o então vice Michel Temer o chamou para resolver um probleminha.
O celular de Marcela Temer, sua esposa, havia sido clonado. O ladrão acessara e-mails e fotos íntimas e pedia dinheiro para não divulgar os dados.
Moraes resolveu tudo. Prendeu o sujeito em 40 dias e não deixou nada vazar. Ganhou a confiança do vice conspirador. Assim que Temer deu o golpe virou ministro da justiça e, agora, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os dois já conviviam havia mais de 20 anos. Conheceram-se na seara acadêmica, mas se aproximaram com a política. Em sua trajetória, Moraes sempre fez questão de alinhar as duas correntes.
Promotor de carreira, primeiro galgou espaços no universo acadêmico. Fez especializações, doutorado. Escreveu livros de Direito Constitucional que venderam bem. Depois, advogado, projetou-se como conselheiro de políticos e grupos influentes.
Temer sempre teve lugar de destaque nas relações que Moraes gosta de alardear. Ele devota amizade a outros nomes, como o governador Geraldo Alckmin (SP). No PSDB, se aproximou recentemente do chanceler José Serra e do senador Aécio Neves (MG), mas é alckmista.
Será indicado ao STF (Supremo Tribunal Federal) com o apoio de ao menos três partidos: PMDB, DEM e PSDB –hoje ele é tucano, mas já foi filiado às outras duas siglas.
Na outra frente, a dedicação à academia o aproximou de nomes como os ministros Celso de Mello e Ricardo Lewandowski, do STF. Foi, inclusive, para Lewandowski que perdeu um concurso de professor titular da USP.
No magistério, protagonizou polêmica ao ser acusado por alunos de ter relativizado a tortura em sala de aula. Ele nega e diz que sua fala foi tirada de contexto.
Apesar do bom trânsito no Supremo, havia um obstáculo a ser vencido. Para ser indicado, Moraes precisava da chancela de Gilmar Mendes.
Presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) –onde corre uma ação que pode cassar o mandato de Temer– e membro do STF, Mendes se tornou figura central na escolha do nome para o Supremo.
Por vezes, foi apresentado por peemedebistas como um modelo a ser seguido: “um jurista criado na política”.
Moraes é a tentativa de Temer de repetir esta fórmula. Alçado à Presidência, Temer o convidou para ser ministro. Ele titubeou: via chances de disputar a prefeitura de São Paulo ou o governo do Estado, com o apoio de Alckmin.
Temer lançou um argumento infalível. Disse que conhecia o sonho de Moraes de ser ministro do STF e concluiu: “Ninguém chega lá sem passar por Brasília”.
Nomeado para a Justiça, Moraes foi acusado de não ter tato para o cargo. Antecipou uma ação da Lava Jato e, recentemente, foi criticado durante a crise carcerária.
Com a morte do ministro Teori Zavascki, submergiu. Foi blindado e abraçado pelo PMDB e pelo PSDB.

No último domingo (5), à noite, recebeu a ligação que tanto esperava. Era um colega da Esplanada. “O Michel te escolheu. Vai ser você.”
Fonte: Revista Forum

Nenhum comentário:

Postar um comentário