Segundo Acnur, outubro também teve quase o mesmo número de pessoas que tentavam chegar à UE pelo Mediterrâneo em relação a todo o ano de 2014
O número de refugiados e imigrantes que cruzaram o mar Mediterrâneo para chegar à Europa em outubro superou o total acumulado em todos os meses de 2015 até setembro, anunciou nesta segunda-feira o Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados).Segundo dados atualizados da agência da ONU, outubro também contabilizou quase o mesmo número de pessoas que tentavam ingressar ao continente pela via marítima em relação a todo o ano de 2014.
Apenas neste mês, 218.394 refugiados e imigrantes cruzaram o Mediterrâneo — uma quantidade ligeiramente inferior às quase 219.000 pessoas que chegaram aos países da UE (União Europeia) nessas mesmas circunstâncias em 2014, estimou o Acnur.
"Isso faz com que seja o maior número total em um único mês até agora e aproximadamente o mesmo que em todo o ano de 2014", sintetizou o porta-voz da Acnur, Adrian Edwards, citado pela Reuters.
No total, segundo o Acnur, mais de 744 mil refugiados e imigrantes atravessaram o Mediterrâneo neste ano, dos quais 601 mil chegaram à Grécia e 140 mil, à Itália.
"Isso faz com que seja o maior número total em um único mês até agora e aproximadamente o mesmo que em todo o ano de 2014", sintetizou o porta-voz da Acnur, Adrian Edwards, citado pela Reuters.
No total, segundo o Acnur, mais de 744 mil refugiados e imigrantes atravessaram o Mediterrâneo neste ano, dos quais 601 mil chegaram à Grécia e 140 mil, à Itália.
Deste total, 65% são homens, 20% crianças e 14% mulheres. Em primeiro lugar entre as nacionalidades estão os sírios, que representam 53% e que fogem da guerra civil que assola o país há mais de quatro anos. Os afegãos vêm em seguida, simbolizando 18% dos refugiados.
Além disso, destaca o Acnur, é preciso contabilizar a morte de ao menos 3.440 pessoas que perderam a vida durante o cruzamento apenas neste ano.
Grécia: principal porta de entrada
Nos últimos meses, a maioria dos refugiados e dos imigrantes tem viajado da Turquia até a Grécia para chegar aos outros países mais ricos da UE — uma mudança em relação à rota mais popular anteriormente, que era da Líbia para a Itália.
Dados atualizados pelo Acnur apontam que ao menos 3.440 pessoas morreram tentando cruzar Mediterrâneo neste ano
Apesar da crise econômica e da turbulência política, a Grécia é o país que mais recebe refugiados na Europa. Dados do Acnur apontam que o país liderado pelo primeiro-ministro Alexis Tsipras recebeu mais solicitantes de asilo em julho (50.242 pessoas) do que durante o ano passado inteiro (43.500 pessoas).
No fim de setembro, o Acnur declarou que 97% das pessoas que chegaram à Grécia vêm de países em conflito e, por isso, têm status de refugiado e direito ao asilo.
Mesmo com esse panorama e apesar dos perigos da travessia pelo mar Mediterrâneo, a Grécia ainda é vista como uma boa opção — ou, pelo menos, uma boa porta de entrada, para o continente.
Fonte:Opera Mundi
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