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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Alckmin esconde até os cadáveres

os assassinatos cometidos por policiais militares em agosto e setembro deste ano em São Paulo desapareceram das estatísticas oficiais divulgadas pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB). Justamente nesses dois meses ocorreu uma série de mortes atribuídas a policiais militares – na capital e na Grande São Paulo–, entre chacinas e assassinatos de suspeitos já rendidos. Cerca de 30 policiais militares foram presos sob a suspeita de participação em pelo menos 31 mortes no período – entre elas as 23 vítimas das chacinas de Osasco e Barueri, em agosto. Há ainda na lista de excluídos os quatro adolescentes mortos ao lado de uma pizzaria em Carapicuíba, em setembro.
O governador Geraldo Alckmin, que realizou cultos da seita fascista Opus Dei em pleno Palácio dos Bandeirantes, não gosta da transparência pública.
Recentemente, descobriu-se que ele havia tornado "ultrassecretos" os documentos sobre as obras do metrô - talvez temendo as apurações do escândalo do "trensalão tucano", que a mídia chapa-branca batizou de "cartel dos trens". Na sequência, soube-se que ele também tornou "sigilosos" os relatórios sobre a falta de água em São Paulo - que a imprensa amiga chama de "crise hídrica". Agora, para espanto até do mais abestalhado midiota, descobre-se que ele oculta inclusive os cadáveres das chacinas executadas pela Polícia Militar.


Até a Folha tucana, que faz de tudo para blindar o provável presidenciável do PSDB em 2018, ficou surpresa com a cena mórbida. Reportagem de Rogério Pagnan e Lucas Ferraz desenterrou os mortos de Geraldo Alckmin. Os jornalistas descobriram que desde abril passado a gestão tucana excluiu das estatísticas oficiais as mortes provocadas por polícias militares em folga que supostamente "agiram em legítima defesa". A manobra "contábil" permitiu que saíssem da lista dos homicídios 102 óbitos. A descoberta abala ainda mais a imagem do governador tucano, que pretendia apresentar sua política de segurança pública como um trunfo para a sucessão presidencial. 

Segundo a reportagem, "os assassinatos cometidos por policiais militares em agosto e setembro deste ano em São Paulo desapareceram das estatísticas oficiais divulgadas pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB). Justamente nesses dois meses ocorreu uma série de mortes atribuídas a policiais militares – na capital e na Grande São Paulo–, entre chacinas e assassinatos de suspeitos já rendidos. Cerca de 30 policiais militares foram presos sob a suspeita de participação em pelo menos 31 mortes no período – entre elas as 23 vítimas das chacinas de Osasco e Barueri, em agosto. Há ainda na lista de excluídos os quatro adolescentes mortos ao lado de uma pizzaria em Carapicuíba, em setembro". 

A reportagem constatou que nenhum desses casos aparece nas estatísticas divulgadas pelo governo no "Diário Oficial" do Estado. A coluna de homicídios praticados por policiais de folga está zerada. Nos últimos meses, com base nesta "pedalada policial", o governador Geraldo Alckmin andou alardeando a queda dos homicídios em São Paulo. A mentira teve ampla repercussão na mídia chapa-branca, que garfa generosas verbas publicitárias e outras benesses do Palácio dos Bandeirantes. Agora, porém, o "picolé de chuchu" foi exposto na sua total falta de transparência, o que confirma o seu autoritarismo. A descoberta deve abalar ainda mais a imagem do grão-tucano e da sua política de segurança pública.

Recente pesquisa do instituto Datafolha já havia comprovado que os paulistanos finalmente passaram a desconfiar das mentiras de Geraldo Alckmin. Ela mostrou que 60% dos entrevistados temem a ação da PM tucana - na sondagem anterior, o índice era de 50%. Quase um terço disse ter tanto medo da polícia quanto dos bandidos. O clima de pânico tem relação com a própria brutalidade e letalidade da PM, principalmente nos bairros da periferia. A pesquisa revela que nem todo paulistano é um midiota que tira selfies com soldados da tropa de choque em marchas golpistas pelo impeachment de Dilma!
Fonte: Blog do Miro

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