Após meses de mobilizações, os portuários da Liga Obreira de Trabalhadores Marítimos do Paraguai (Lomp), assinaram um acordo, na última quinta-feira (5), com os administradores do porto de Caacupemí, que prevê a reincorporação de 200 trabalhadores demitidos e a libertação de 11 que estavam presos.
Em 2014, a empresa San Francisco S.A., administradora do porto privado, demitiu, injustificadamente, 200 estivadores ligados à Lomp e os substituiu por trabalhadores não sindicalizados. Após esta ação, como forma de protesto, a organização realizou o bloqueio do Rio Paraguai, que causou a prisão de onze paraguaios que participaram do ato e poderiam ficar presos por 6 anos.
Em 2014, a empresa San Francisco S.A., administradora do porto privado, demitiu, injustificadamente, 200 estivadores ligados à Lomp e os substituiu por trabalhadores não sindicalizados. Após esta ação, como forma de protesto, a organização realizou o bloqueio do Rio Paraguai, que causou a prisão de onze paraguaios que participaram do ato e poderiam ficar presos por 6 anos.
Na opinião do secretário de Relações Internacionais da CTB e coordenador da Federação Sindical Mundial (FSM) Cone Sul, Divanilton Pereira, esta conquista dos paraguaios tem grande significado para aquele país e para a América Latina. "O sindicalismo classista paraguaio, vinculado à FSM, deu mais uma demonstração da sua combatividade. Sob o cerco e a fúria das políticas anti-sindicais perpetradas pelo governo golpista de Horácio Cartes, os trabalhadores conseguiram libertar e reintegrar seus companheiros", frisou o cetebista.
Um dia antes de firmarem o histórico acordo, centenas de pessoas saíram às ruas de Assunção para manifestar sua solidariedade e exigir a readmissão dos trabalhadores e a libertação dos presos.
A marcha teve grande apoio popular e de entidades como a Federação Sindical Mundial (FSM) e o Conselho Internacional de Trabalhadores (IDC, por sua sigla em inglês ) – organização de trabalhadores portuários, que ajudou a mediar as negociações.
O pré-acordo firmado entre os sindicalistas e os patrões estabelece que a empresa irá retirar todas as denúncias judiciais contra os trabalhadores além de se comprometer a estabelecer um novo acordo coletivo para a reincorporação dos demais.
O pré-acordo firmado entre os sindicalistas e os patrões estabelece que a empresa irá retirar todas as denúncias judiciais contra os trabalhadores além de se comprometer a estabelecer um novo acordo coletivo para a reincorporação dos demais.
Divanilton destacou ainda a importância da solidariedade internacional da classe trabalhadora e lembrou-se de que recentemente, a CTB esteve naquele país para participar de um seminário sobre a situação agrária e teve a oportunidade de trocar experiências com outros países e debater a questão de forma ampla.
Fonte: Portal CTB
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