O problema dos nossos neoliberais é que eles, que vivem defendendo a globalização, não entendem que a economia brasileira tem um pé esquisito no tal “tripé macroeconômico”.
Este, como se sabe, se compõe de três fatores: superávit primário (intocável), meta de inflação (cai o mundo) e – ah, sim – câmbio flutuante…
E câmbio, desde o jurássico Breton Woods, fechando a Guerra Mundial, é dólar…
E a recuperação da economia americana, em lugar de estar “levantando” a economia mundial, a está afundando.
A Europa patina e o perigo – algo meio inimaginável para nós – por lá éa deflação.
O euro, como as moedas de todo o mundo, sofreram uma desvalorização severa, em torno de 10% nos últimos meses.
O desabamento dos preços do petróleo, para o nível mais baixo desde o “tombo” da crise de 2008, por mais “amiguismo” da Arábia Saudita aos americanos, é reflexo da queda da demanda.
Os xeques venderam tão poucos barris aos americanos quanto no auge dos problemas de 2008, e os EUA aumentaram muito sua produção e as importações do shale gas canadense.
O mundo, como se sabe, está se lixando para os editoriais de O Globo,para o Boletim Focus e para os comentários da Míriam Leitão.
Há uma cenário sombrio na economia mundial e temos de nos defender dele.
Muito mais importante que cortar uma meia dúzia de diárias de funcionário público – o que deve ser feito, aliás – é compor um posicionamento econômico em comum com os Brics diante do cenário econômico mundial.
O resto é quinquilharia.
Ou melhor, os interesses econômicos dizendo que “farinha pouca, meu pirão primeiro”.
Fonte: O Tijolaço
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