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domingo, 27 de julho de 2014

Temer cancela presença em evento do Santander

Temer cancela presença em evento do Santander
Banco espanhol sofre mais um prejuízo depois da lambança causada pelo envio de uma recomendação aos clientes contra a reeleição da presidente Dilma Rousseff; agora, o vice-presidente Michel Temer cancelou sua presença num evento que seria promovido pelo Santander no Rio de Janeiro; antes disso, prefeito de Osasco (SP), Jorge Lapas, cancelou convênio com o Santander; trapalhada motivou demissões internas no banco e um grande pedido de desculpas; ainda assim, clima com o Palácio do Planalto continua tenso.
247 - A trapalhada do Santander no Brasil causou mais um estrago. Agora, foi o vice-presidente Michel Temer quem cancelou sua presença num evento que será promovido pelo Santander no Rio de Janeiro. Trata-se do encontro mundial de reitores, que contaria com a presença também do presidente mundial do banco, Emílio Botín. Agora, o próprio Botín cogita cancelar a vinda.

O Santander já pediu desculpas formalmente, mas o clima com o Palácio do Planalto continua pesado. Leia, abaixo, reportagem do 247, sobre outros danos de imagem sofridos pelo banco:

TRAPALHADA ATINGE IMAGEM E PRESTÍGIO DO SANTANDER

Em site oficial, banco Santander produziu hoje manchete "importante"; sobre vermelho berrante, instituição "pede desculpas" por texto que "feriu a diretriz interna" de não aplicar "viés político ou partidário" em recomendações de investimentos; prejuízo de imagem não vem só; sob a justificativa de maus serviços à população da cidade, prefeito de Osasco encerra convênio com o banco espanhol para recolhimento de tributos municipais; orçamento municipal é de R$ 1,9 bilhão; "O banco orienta os caixas a se recusarem a receber IPTU e taxas sob argumento de que isso forma fila nas agências", assinala Jorge Lapas, do PT; instituição presidida por espanhol Jesús Zabalza, que mais cedo projetara a clientes de alta renda que dólar pode disparar, juros subirem e bolsa cair se presidente Dilma Rousseff subir nas pesquisas, é quem escorrega.

247 – Todos os clientes do banco Santander que tentaram, nesta sexta-feira 25, acessar o site da instituição espanhola no Brasil se depararam, antes de entrar no ambiente privado, com um aviso "importante". Tratava-se, em letras brancas sobre o vermelho berrante da instituição, de um "pedido de desculpas". Mais cedo, em mensagem dirigida a clientes de alta renda, o mesmo Santander recomendara por escrito que seus clientes tomassem cuidado com o que poderá acontecer com seus investimentos caso a candidata à reeleição, pelo PT, suba nas pesquisas eleitorais.

- Se a presidente (Dilma Rousseff) se estabilizar ou voltar a subir nas pesquisas, um cenário de reversão pode surgir", elaborou o texto que tinha apenas a assinatura da instituição espanhola. A seguir, traçou-se o quadro de que "o câmbio voltaria a se desvalorizar, juros longos retomariam alta e o índice Bovespa cairia". Em resumo, um inferno.

A recomendação para seus clientes endinheirados tomarem cuidado com a eventual ascensão da presidente pegou especialmente mau para o Santander porque não é nada disso que o presidente mundial da banca espanhola, Emílio Botín, fala nas vezes em vai ao Palácio do Planalto. Ali, sorridente, já posou para fotos e manifestou crer na economia brasileira gerenciada por Dilma.

Para compensar o estrago cometido pela parcialidade da avaliação, o próprio Santander primeiro pediu desculpas em forma de declaração oficial, e mais tarde resolveu ocupar toda a primeira página de seu site para dizer que "o referido texto feriu a diretriz interna" que barra análises marcadas pelo "viés político ou partidário".

Enquanto a imagem do banco se derretia, o primeiro prejuízo objetivo aconteceu. Em Osasco, na Grande São Paulo, município que arrecada R$ 1,9 bilhão em transferências, impostos municipais e taxas todos os anos, o prefeito Jorge Lapas encontrou o mote que precisava para tomar uma decisão que já vinha estudando: romper o convênio mantido com o Santander para o recolhimento de impostos e taxas municipais.

Ao 247, Lapas explicou sua decisão:

- O volume de reclamação que a Prefeitura recebe contra o Santander é grande. Acontece que os caixas das agências têm sido orientados a não receberem pagamentos de IPTU e taxas municipais, sob a alegação de que esse movimento forma filas", disse o prefeito petista. "Agora esse problema vai acabar tanto para a população como para o Santander. Notificamos o banco que em trinta dias o convênio será encerrado. Outros bancos continuarão a atender o nosso público".

A recomendação do Santander para seus clientes de alta renda ficarem com um pé atrás diante do crescimento da presidente Dilma foi considerada "descabida" pelo prefeito Lapas:

- O banco praticou uma partidarização fora de hora e lugar.

Para a coleção de escorregões e quedas que o Santander já levou em sua trajetória no Brasil, agora o presidente local Jesús Zabalza já tem uma a mais para mostrar a dom Emílio.
Fonte: Blog 247

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