Assinaturas foram coletadas durante o festival Abril pro Rock. Músicos veem a divulgação de seus trabalhos ser prejudicada pela concentração na radiodifusão.
O Abril pro Rock, um dos mais respeitados festivais de música do país, apoiou a luta pela democratização da comunicação e abriu espaço para a coleta de assinaturas do Projeto de Lei de Iniciativa Popular da Mídia Democrática no último final de semana. Durante o evento, artistas foram convidados a assinar a lista de apoio ao projeto, além de tirar fotos e gravar vídeos em apoio à campanha. Zé Manoel, Graxa, Fábio Trummer (Eddie), Daniel Groove, Juvenil Siva, Tiné (Academia da Berlinda), Felipe Cordeiro e Bárbara Eugênia foram alguns dos que se dispuseram a participar. A iniciativa foi do Fórum Pernambucano de Comunicação (Fopecom), que reúne pessoas e entidades que lutam por uma comunicação mais livre e democrática, entre elas, o Comitê Pernambucano do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).
Diante das propostas contidas no projeto de lei, como maior inserção de conteúdo regional nas emissoras, proibição de políticos e entidades religiosas serem detentoras de concessões públicas e mais espaço à produção independente, diversos músicos e bandas que estiveram presentes no Festival tornaram-se apoiadores da iniciativa da sociedade civil. “O direito de se informar e de falar o que pensa tem que ser melhor dividido”, resumiu Daniel Groove. Durante os shows, ativistas do Fopecom/FNDC-PE também colheram assinaturas do público. O resultado da ação poderá ser visto em fotos e vídeos compartilhados pelas redes sociais (www.facebook/fopecom) e posteriormente transmitidos através de emissoras públicas e comunitárias de rádio e televisão também parceiras da campanha.
“Nós do Fopecom e do Comitê Pernambucano do FNDC pensamos que seria uma boa chegar junto de artistas e formadores de opinião que topassem apoiar publicamente a campanha” comentou Felipe Peres Calheiros, do Núcleo de TV e Rádios Universitárias, coordenador do FNDC em Pernambuco. “Outro argumento que pesou bastante entre os artistas é o fato da divulgação de seus trabalhos ser extremamente prejudicada pelos esquemas concentradores da radiodifusão”, completou Felipe.
Para a realização dessa intervenção foi essencial o trabalho de articulação por parte da produção do festival. Seu organizador, Paulo André Moraes, também integrante do Fopecom, abraçou a ideia desde o início e fez o primeiro contato com os artistas preparando-os para a abordagem da equipe do FNDC de Pernambuco. “Quero articular com outros festivais de todo Brasil pra fazerem o mesmo” declarou Paulo André.
Fonte: Portal FNDC
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