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quinta-feira, 30 de abril de 2020

Quem é o povo brasileiro?

Uma breve análise antropológica sobre a formação do povo brasileiro
Precisamos entender que essa análise é da formação cultural do nosso povo que foi construído dessa forma, baseado no colonialismo que tivemos desde da invasão dos portugueses ao Brasil e até os dias atuais e sempre fazendo a manutenção dessa estrutura colonialista para perpetuação do poder da elite brasileira. Vamos dessecar um pouco sobre cada uma dessas quatro características.
Não sou antropólogo e sim um futuro historiador (muito em breve) mas abriremos neste espaço, um debate mais profundo sobre nossa formação. O brasileiro tem quatro características que analiso como pilares e preponderante na construção da sociedade atual.

Um povo trabalhador, solidário, extremamente religioso e violento.

Precisamos entender que essa análise é sobre a formação cultural do nosso povo que foi construída, baseado no colonialismo que tivemos desde da invasão dos portugueses ao Brasil até os dias atuais e sempre fazendo a manutenção dessa estrutura colonialista para perpetuação do poder da elite brasileira. Vamos dessecar um pouco sobre cada uma dessas quatro características.


Trabalho

Os brasileiros trabalham em média 44 horas semanais. Na França a jornada é de 35 horas semanais, já a maior parte do planeta, no entanto, bate o ponto por 40 horas. São 101 países sem muito em comum, como Japão, Serra Leoa, EUA e Cuba, que seguiram o caminho científico: há diversos estudos indicando que quem cumpre jornadas maiores do que essa corre mais risco de acidentes de trabalho e infartos trabalhadores regularizados, segundo a revista Super Interessante. Segundo o Observatório da Erradicação do Trabalho Escravo e do Tráfico de Pessoas, entre 1995 a 2018, segundo a Inspeção do Trabalho (Ministério da Economia), foram realizados mais de 50 mil resgates de trabalhadores em situação de escravidão. 

Segundo o site Rede Brasil Atual o país fechou 2019 com taxa média de desemprego de 11,9%, pouco abaixo do ano anterior (12,3%), mas com crescimento expressivo do trabalho informal, que atinge 41,1% da mão de obra, ou 38,4 milhões de pessoas, aponta o IBGE, que divulgou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) nesta sexta-feira (31). O número de desempregados é de 12,6 milhões. Se por um lado houve queda de 1,7% em relação a 2018, em cinco anos o contingente de pessoas desempregados cresceu 87,7% em cinco anos – eram 6,8 milhões em 2014.

A informalidade considera os trabalhadores sem carteira, empregador e trabalhador por conta própria sem CNPJ e os trabalhadores familiares auxiliares. A variação em relação a 2018 não foi grande (0,3%), mas houve acréscimo de 1 milhão de pessoas. A chamada subutilização da força de trabalho, que compreende pessoas que gostaria de estar trabalhando mais, chegou a 27,6 milhões, outro recorde, e 79,3% acima de 2014, quando esse grupo somava 15,4 milhões.

Na média anual, os ocupados somaram 93,4 milhões. Houve alta de 2% no ano, com mais 1,8 milhão.

Segundo o IBGE, o Brasil fechou o ano com 11,6 milhões de empregados sem carteira assinada no setor privado (com exceção dos domésticos), aumento de 4% em comparação com 2018, no maior patamar desde o início da série histórica, em 2012. O total de trabalhadores por conta própria, 24,2 milhões, também é o mais alto –desses, 19,3 milhões não têm CNPJ, com crescimento de 4,1%.

Solidário

O Brasil apesar de todos os problemas sociais que enfrentamos neste e em vários outros momentos da história, somos considerados um povo solidário. A solidariedade do povo também oscila de acordo com a estrutura organizacional do Estado de acordo com as condições em que o estado se presta ao povo. Temos que salientar que qualquer povo quando submetido a ataques, por uma questão de autosobrevivência, demonstrando dificuldades de se restabelecer individualmente proporciona também queda no índice de solidariedade. Mas em um contexto geral o Brasil é considerado um povo muito solidário.

Segundo o Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS) o Brasil teve o pior desempenho já registrado no World Giving Index. O país saiu da posição de número 75 e foi para o 122ºlugar no ranking geral, que apresenta 146 países.
Conhecido como ranking global de solidariedade, o levantamento é medido pela CAF – Charities Aid Foundation – instituição com sede no Reino Unido, e que no Brasil é representada pelo Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, o IDIS. Este ano, foram entrevistadas mais de 150 mil pessoas em 146 países.
O levantamento registra o número de pessoas que, no mês anterior à consulta, doaram dinheiro para uma organização da sociedade civil, ajudaram um estranho ou fizeram trabalho voluntário.

No Brasil, houve queda nos três comportamentos. 43% ajudou um desconhecido (54% em 2016); 14% doou dinheiro (21% em 2016) e 13% fez trabalho voluntário (20% em 2016).

Para a diretora presidente do IDIS, Paula Fabiani, a recessão econômica dos últimos anos fortaleceu o individualismo na sociedade, fazendo com que as pessoas se preocupem mais em se proteger, deixando um pouco de lado os comportamentos solidários.

Religiosidade

A religião é parte fundamental da construção da identidade do povo brasileiro. Desde a invasão dos portugueses as terras brasileiras, o cristianismo foi difundido com muita força, sob a tutela dos Jesuítas. Essa construção religiosa se dá no momento em que era necessário a expansão do império português ao passo que teriam, além do trabalho pesado para a construção da infra estrutura, a disputa de espaço com os nativos. Dentro dessa necessidade do invasor, toda estrutura de Estado foi construída em cima de base religiosas para melhor controle. Assim os grupos religiosos ganharam forças e também criaram um poder paralelo. Segundo a resvista Senso, o crescimento da religiosidade nas últimas décadas tem mobilizado significativa atenção dos pesquisadores para a interconexão entre política e religião no mundo contemporâneo. Tendo em vista o avanço dos grupos religiosos no cenário político brasileiro. E para complementar esse tópico, segundo a revista Exame,  estudo foi uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e foi elaborado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), organização social que presta serviços à pasta.

O levantamento apontou um maior ceticismo dos brasileiros em relação à ciência em relação a anos anteriores. Dos entrevistados, 31% disseram ver só benefícios nesta modalidade de conhecimento, contra 54% em 2015.

O levantamento deste ano mostrou uma reversão do movimento de crescimento de uma avaliação positiva nas últimas edições.

Violencia

A base da formação do étnica do povo vem da descendência entre africanos e nativos majoritariamente. Povos que foram vítimas de brutal violência para a servidão dos invasores portugueses. Essa construção social passa pelo pressuposto da escravidão desses povos para roubo de seus bens no caso dos nativos a sua terra e no caso dos africanos a mão de obra. Por muito tempo tanto nativos quanto africanos foram mercadorias dos invasores portugueses, assim construindo ao decorrer da história do Brasil várias revoltas e rebeliões. O povo também massacrado pela elite também se construiu ao passo da violência para subsistência. A violência se tornou cotidiana. O Estado é o maior agente da construção da cultura da violência em nosso povo pela insuficiência e ineficácia das políticas de inclusão e a segurança pública para elite e discriminação do povo mais pobre. Segundo o site Observatório da Imprensa mostra que um dos programas de grande audiência na TV foi o Aqui Agora (1991), apresentado pelo Gil Gomes. Hoje os programas policiais povoam a TV aberta. Os mais vistos (e concorrentes) são o de Marcelo Rezende (Record) e de José Luiz Datena (Band). Segund publicação O Globo, apoio a pena de morte no Brasil sobe para 57%. Segundo o IPEA houve em 2017 mais de 65 mil homicidios, por intervenção legal (auto de resistência) mais de 1.800 pessoas e mortes violentas mais de 158.600. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), em conjunto com o Datafolha, mostrou que o medo da violência é uma das principais razões para que o brasileiro tenha propensão a posições autoritáriasO estudo, divulgado, também apontou que o segmento mais rico da população é o que mais rejeita a ampliação dos direitos humanos e civis no país.


Romney Mesquita
Sindicalista e estudante de História

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