O fato ocorreu hoje por volta das 12 horas. Ainda investigam o caso...
que é mais conhecido como FAKE NEWS. Isso mesmo. Essa chamada não é verdadeira. É apenas uma notícia falsa criada pelo nosso blogue para colocar você para pensar sobre o quão desastroso pode ser uma notícia falsa e o quanto você pode, além de pagar mico, fazer um grande estrago na vida dos outros ou na sociedade.Não compartilhe FAKE NEWS
Hoje, com o advento da mídias on line, o número de notícias falsas e suas vítimas não extremamente grandes.
Se você quer compartilhar uma notícia, busque sua fonte. Se não há encontrar ou a fonte não for confiável, não compartilhe. Assim, você não corre o risco de ser desonesto ou idiota. Pesquise a notícia que você compartilhe. Busque a fonte.
A fake news criada pelo site Ceticismo Político foi compartilhada 360 mil vezes. Em muitos casos a divulgação é feita por usuários de forma deliberada, quando eles sabem que se trata de uma notícia falsa. Mas, em diversas situações, as pessoas desconhecem que estão lendo uma fake news e acabam compartilhando o conteúdo simplesmente pelo fato de a suposta notícia estar alinhada com o seu pensamento político.
Para ajudar a população a separar o joio do trigo, a Federação Internacional das Associações e Instituições de Bibliotecária (IFLA, na sigla em inglês), publicou um receituário para identificação de notícias falsas veiculadas nas redes sociais. Ele é composto de oito dicas:
1. Atente para a fonte de informação: analise outras postagens do site para tentar entender sua missão e propósito;
2. Leia além do título: as manchetes são feitas para chamar a atenção; é importante ler o texto completo;
3. Cheque os autores: verifique se eles de fato existem e são confiáveis;
4. Busque fontes de apoio: encontre outros recursos que deem respaldo ao texto;
5. Confira a data da publicação: veja se a história ainda é relevante e atual;
6. Indague se é uma piada: a notícia pode ser uma sátira ou paródia. Pesquisa o site e o autor para ter clareza;
7. Revise seus preconceitos: avalie se suas crenças estão afetando seu julgamento;
8. Consulte especialistas: confirme a informação com fontes independentes, instituições e sites voltados à checagem de notícias.
Veja abaixo, alguns casos de FAKE NEWS que acabaram com vida de pessoas:
Fonte: Guia do Estudante
Esses sites
inundaram as redes sociais e podem ser decisivos na disputa pelo voto
As
chamadas fake news,
as informações falsas ou ao menos distorcidas espalhadas nas redes sociais, se
tornaram uma epidemia que percorre o mundo inteiro. Elas fazem parte de uma
nova modalidade de guerra informativa, usada com objetivos políticos, que já
rendeu grandes benefícios nas últimas eleições dos EUA.
O Brasil aparece agora como um perfeito campo de batalha, no qual as fake news, que já estão contaminando o debate político
no país há algum tempo, sobretudo desde o processo que acabou no impeachment da presidenta Dilma Rousseff,
podem jogar um papel decisivo. Os elementos estão prontos: um pais muito ativo
nas redes sociais, com uma forte polarização ideológica que se reflete
claramente na Internet e com umas eleições acirradas demais daqui a poucos meses.
No dia 24 de janeiro, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi julgado e condenado em segunda instância a 12 anos e 1 mês de
prisão acusado de receber como propina da construtora OAS um triplex no
Guarujá, entre outros benefícios. Nesse dia, das 10 notícias sobre política
mais compartilhadas no Facebook, nove foram sobre o julgamento, segundo o Monitor do debate político no meio digital. A
ferramenta, que “busca mapear, mensurar e analisar o ecossistema de debate
político no meio digital”, identificou que uma matéria do site de
notícias G1 foi a que mais êxito teve, com 49.000
compartilhamentos. Em segundo lugar estava uma matéria de um site que não tem
nada a ver com o jornalismo profissional, Jovens Cristãos, com
36.000 compartilhamentos. No ranking, ainda apareciam outros veículos
tradicionais, como Veja e UOL, mas dividindo o espaço com a chamada imprensa
alternativa, como Notícias Brasil Online e Falando Verdades.
O exemplo acima descreve bem a guerra informativa travada nas redes sociais:
de um lado, meios de comunicação tradicionais que buscam manter sua influência;
do outro, sites de notícias chamados de alternativos, com um forte viés
ideológico, não raro definidos como sites de fake news (notícias
falsas), cavam seu espaço. Mas o que são as fake news, esse
fenômeno mundial que influencia a decisão de eleitores? Para o filósofo Pablo
Ortellado, que gerencia o Monitor, uma matéria descrita como fake news é aquela que "aparenta ter sido
feita a partir de uma apuração, porém ela é falsa não por erro de apuração, mas
de maneira maliciosa".
Diante dessa definição, ele explica, "é muito difícil definir o que
são notícias falsas em meio ao volume de notícias nas redes". Ortellado
acredita que o conceito mais adequado para descrever o que está acontecendo
hoje no Brasil é "uma guerra de informação travestida de jornalismo",
na qual há uma imprensa dita alternativa ultra engajada disputando o espaço com
a grande imprensa, que também está engajada nessa batalha. "Se você olha
para os sites maliciosos, eles praticam pouca invenção pura e simples. O grosso
da atividade deles é pegar uma matéria da grande imprensa e fazer uma manchete
escandalosa, pegar uma especulação e apresentar como verdade…", explica
Ortellado. "São instrumentos de distorção usados com graus variados e que
os meios de comunicação também podem usar. Quantas matérias desse tipo as
revistas Vejae Istoé já deram
na capa? É fake news?", questiona.
Fábio Malini, coordenador do Laboratório de Estudos sobre Imagem e
Cibercultura (Labic) e professor da Universidade Federal do Espírito
Santo (UFES), concorda que a imprensa se tornou "a base material para a
produção de conteúdo com viés ideológico". E explica que, apesar do
termo fake news ser recente, "as notícias falsas
sempre existiram no Brasil e no mundo", inclusive em época de eleições. A
diferença é que hoje "existe um domínio dos veículos com viés ideológico
que contam com uma espécie de exercito humano de replicação" de seus
conteúdos. E assim, "a opinião vem ganhando mais terreno que a
reportagem".
Nesta última semana, o maior jornal do Brasil, a Folha de S. Paulo, resolveu dar um soco na mesa.
Decidiu deixar de publicar matérias em
seu perfil no Facebook, alegando, entre outros motivos, que a
mudança no algoritmo da plataforma, que passou a privilegiar as interações
pessoais, "favorece a criação de bolhas de opiniões e convicções e a
propagação das fake news".
O próprio termo, aliás, passou a ser usado por atores de todos os tipos
como forma de desqualificar seu oponente, explica Ortellado. Algo que reflete
um momento particular da vida política brasileira: a forte polarização da
sociedade. “O Brasil reúne as características que o deixam suscetível a
manipulação”, alerta Claire Wardle, jornalista norte-americana que há mais de
dois anos está estudando como as notícias falsas se propagam em cada país.
“Primeiro porque é um país muito dividido, e não apenas politicamente como
também em assuntos culturais e sociais. Em situação assim as pessoas são menos
críticas com a informação que encontram. Se alguma coisa reafirma suas crenças,
é provável que você acredite e compartilhe. E os brasileiros, que são grandes
usuários das redes sociais, adoram compartilhar”. Ortellado resume da seguinte
forma a questão: "As fake news não
são a doença, e sim o sintoma. A doença é a polarização política. E em época de
eleição, com dinheiro jogado nessa polarização, a tendência é piorar. Se em
2014 já foi bem sujo, em 2018 vai ser pior", aposta.
Mas para Wardle, não é apenas o estado de animo da sociedade que
influencia na propagação das fake news, mas
também as ferramentas que ela tem nas mãos: “O uso de WhatsApp no
Brasil é incrivelmente alto”, diz. “Os aplicativos de mensagens são lugares
onde se distribui desinformação e, por estarem criptografados, é mais difícil
que jornalistas ou verificadores de informação saibam o que vem circulando. É
mais difícil desmentir as notícias falsas a tempo”, acrescenta. Fábio Malini,
do Labic, explica que boa parte das informações falsas ou enviesadas de fato
são distribuídas através de "correntes de mensagens" que antes eram
enviadas por e-mail e agora chegam através do WhatsApp. São correntes que
espalham "lendas urbanas" que as pessoas acreditam como
"verdades delas". Até hoje há muitos brasileiros que ainda acreditam,
por exemplo, na falsidade de que um dos filhos de Lula é o verdadeiro dono da
empresa agropecuária Friboi. Há algumas semanas também fez muito sucesso nas
redes o suposto cálculo de que as reduções fiscais dadas pelo Governo Temer às
petroleiras dos EUA somariam a mirabolante cifra de 1 trilhão de reais.
Para Ortellado, será nesses sites de noticias engajadas e nos perfis do
Facebook ligados a eles onde o jogo político vai acontecer. "Elas não
prestam contas, não estão oficialmente fazendo campanha, mas estão ai
compartilhando informações em um ecossistema enorme. E ele parece diverso e não
é. Os mesmos operadores têm dezenas de páginas. E não adianta você desarmar os
sites, você tem que desarmar as pessoas", argumenta.
Já no Twitter estão sobretudo os robôs, também conhecidos como bots. São programas capazes de mover centenas de perfis nas redes sociais que aparentam ser de pessoas. Mas que, na verdade, existem para disseminar mentiras. “Já sabemos que existe no Brasil, mas o que é mais preocupante é que há brasileiros dispostos a trabalhar como ciborgs, ou seja, a pessoa que atua como bots, passando o dia inteiro compartilhando conteúdo para dar voz a certas mensagens", explica Wardle. Malini acredita, entretanto, que a influência dos bots tende a diminuir devido à mudança na legislação eleitoral que passou a permitir que políticos paguem para o Facebook impulsar postagens. "Os políticos estão percebendo que o objetivo da compra desses programas, que era ser a tendência, já pode hoje ser conseguido com o impulsionamento de postagens que podem dar visibilidade a sua candidatura", argumenta. De todas as formas, ele diz que um dos efeitos colaterais dos bots vem sendo "o aumento da toxicidade das redes sociais, a sensação de ser um lugar que gera um nível de restrição ao pensamento muito grande".
Wardle é diretora executiva da First Draft News, um projeto da
Universidade de Harvard especializado em buscar estratégias para combater
as fake news. Em alguns países, conseguiu o milagre de
unir varias jornais diferentes, antes inimigos, em um esforço conjunto para
verificar e desmentir rumores. Na França funcionou, assim como na Alemanha e no
Reino Unido. Agora tenta fazer o mesmo com os principais jornais no Brasil, o
EL PAÍS entre eles.
Em sua opinião, os brasileiros deveriam estar preocupados. “Não é só
porque existam sites desenhados para fazer notícias ilegítimas, é que existem
redes de bots, amplificação pré-fabricada, tentativas de manipular jornalistas
para que escrevam matarias baseadas em hashtags cuja relevância foi inflada,
fotos manipuladas, vídeos inventados, textos micro-desenhados para eleitores…
Os brasileiros deveriam estar preocupados e deveriam perceber o importante que
é não compartilhar informação falsa em seus perfis”. Com a mente em outubro,
data das eleições, acrescenta: “As eleições deveriam consistir em eleitores que
tomam decisões com informação checada. Caso contrário, a democracia está em
perigo”.
Fonte: El Pais
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