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terça-feira, 5 de junho de 2018

Após pressão de funcionários, Google decide romper ligação com projeto militar

Em março deste ano, descobriu-se que funcionários do Google estavam revoltados com a decisão da empresa de fornecer tecnologia para um projeto militar do governo dos Estados Unidos. Nesta sexta-feira, 1, a pressão parece ter surtido efeito.

A presidente do Google Cloud, departamento de tecnologia em nuvem da empresa, que vende soluções para outras empresas e estados, Diane Greene, anunciou a decisão de mão renovar contrato com as forças armadas dos EUA.
Em março deste ano, descobriu-se que funcionários do Google estavam revoltados com a decisão da empresa de fornecer tecnologia para um projeto militar do governo dos Estados Unidos. Nesta sexta-feira, 1, a pressão parece ter surtido efeito.
A presidente do Google Cloud, departamento de tecnologia em nuvem da empresa, que vende soluções para outras empresas e estados, Diane Greene, anunciou a decisão de mão renovar contrato com as forças armadas dos EUA.
O anúncio foi feito em uma reunião com funcionários e não foi comunicad de forma oficial à imprensa, mas a informação acabou vazando e foi publicada pelo site norte-americano Gizmodo. O contrato atual do Google com o exército vai até 2019.
O chamado "Project Maven" é liderado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos e usa a tecnologia de inteligência artificial e análise de dados do Google, o TensorFlow, para processar imagens captadas por drones em zonas de guerra.
Por meio dessa tecnologia, o Project Maven tem como objetivo criar ferramentas para automatizar o processo de identificar veículos e outros objetos de interesse do exército norte-americano. A parceria entre Google e forças armadas começou em julho de 2017.
Uma parte considerável dos funcionários da empresa não ficou satisfeita em saber que seu trabalho estava sendo usado para fins militares. Segundo eles, o envolvimento do Google no projeto levantava questões éticas importantes quanto ao desenvolvimento de inteligência artificial para a indústria da guerra.
Um manifesto com mais de 3.100 assinaturas de funcionários foi entregue a Sundar Pichai, CEO do Google, pedindo que a companhia se afastasse do Project Maven. Alguns chegaram a pedir demissão como protesto. A empresa, por sua vez, dizia que a cooperação com o Departamento de Defesa dos EUA não tinha "fins ofensivos".
"Qualquer uso militar da tecnologia de aprendizado de máquina gera preocupações válidas", afirmou um representante da empresa em resposta ao manifesto dos funcionários. Segundo ele, a tecnologia empregada no Project Maven "é usada para marcar imagens para análise humana e é voltada para salvar vidas e evitar que pessoas tenha que fazer um trabalho tedioso".
Informações que circularam internamente e acabaram vazando na imprensa revelaram que o alto escalão do Google estava entusiasmado com o Project Maven, vendo-o como uma oportunidade de estreitar relações com o governo dos EUA e abrir caminho para contratos milionários com o departamento de maior orçamento do país, o de defesa.
Estima-se que a cooperação do Google com o Project Maven renderia entre US$ 9 milhões e US$ 15 milhões. Havia a expectativa de que o orçamento do Departamento de Defesa, só para este projeto, pudesse chegar a US$ 250 milhões. E o Google queria ser um dos fornecedores de soluções a ganhar dinheiro com este investimento.
Nesta semana, o jornal The New York Times revelou que o Google está elaborando um conjunto de diretrizes que deverão ser seguidas durante o desenvolvimento de ferramentas de inteligência artificial para responder às "questões éticas" relacionadas ao emprego dessa tecnologia na indústria bélica.
Fonte: Olhar Digital

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