Poussin, como Claude Lorrain, escolheu Roma como residência permanente desde que aí chegou, com trinta anos de idade, vindo da sua França natal, em 1624.
Ali estudou a estatuária antiga, o classicismo de Rafael e de Annibale Carracci, a vitalidade cromática de Ticiano, elementos que se manifestaram na composição desta festa pagã, na anatomia dos protagonistas, na concentração de figuras em primeiro plano, como num afresco clássico, inserido marco paisagístico.
Ali estudou a estatuária antiga, o classicismo de Rafael e de Annibale Carracci, a vitalidade cromática de Ticiano, elementos que se manifestaram na composição desta festa pagã, na anatomia dos protagonistas, na concentração de figuras em primeiro plano, como num afresco clássico, inserido marco paisagístico.
Seguindo uma prática usual do artista, figuras singulares, grupos, atitudes e motivos decorativos aparecem também em outras telas e desenhos, como, por exemplo, os dançarinos em primeiro plano, que correspondem aos da Adoração do Bezerro de Ouro, exposto na mesma galeria.
Inspirando-se nas Bacanais de Ticiano, na vila romana Aldobrandini, Poussin encena um espetáculo de beleza ideal.
A composição está baseada em três linhas: uma oblíqua, que vai do tronco da árvore à ninfa caída, uma outra, vertical, constituída pela estátua de Pã e pela massa arbórea às suas costas, e uma terceira, horizontal, que liga os dançarinos em primeiro plano ao fundo do céu, dos montes e das planícies.
Poussin atinge efeitos de extraordinário naturalismo no tratamento da paisagem, iluminada por uma luz límpida e transparente, não menos fiel do que a luz quente e dourada dos quadros do seu contemporâneo Lorrain.
Fonte: História das Artes
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