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quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Facebook responde a ex-executivo que afirmou que rede social estava destruindo a sociedade

No começo desta semana, a declaração do ex-executivo do Facebook Chamath Palihapitiya de que os sites de redes sociais estariam “destruindo o tecido social de como a sociedade funciona” apareceu no Gizmodo e em outros veículos. Muito da avaliação dele era semelhante à fala realizada alguns dias antes pelo ex-presidente do Facebook Sean Parker. Agora, o Facebook decidiu responder diretamente ao discurso de Palihapitiya.
No começo desta semana, a declaração do ex-executivo do Facebook Chamath Palihapitiya de que os sites de redes sociais estariam “destruindo o tecido social de como a sociedade funciona” apareceu no Gizmodo e em outros veículos.
Muito da avaliação dele era semelhante à fala realizada alguns dias antes pelo ex-presidente do Facebook Sean Parker. Agora, o Facebook decidiu responder diretamente ao discurso de Palihapitiya.
Em um comunicado enviado ao Gizmodo e outros veículos, um porta-voz do Facebook disse:
Chamath não está no Facebook há mais de seis anos. Quando Chamath estava no Facebook estávamos focados em construir novas experiências de mídias sociais e no crescimento do Facebook ao redor do mundo. O Facebook era uma empresa muito diferente na época e, conforme crescemos, percebemos como nossas responsabilidades cresceram também. Levamos o nosso papel a sério e estamos trabalhando duro para melhorar. Fizemos muito trabalho e pesquisa com especialistas externos e acadêmicos para entender os efeitos do nosso serviço no bem estar das pessoas e estamos utilizando isso para informar e guiar nosso desenvolvimento de produtos. Estamos realizando também investimentos significativos em mais pessoas, tecnologias e processos e, – como Mark Zuckerberg disse no último balanço da empresa – estamos dispostos a reduzir nossos lucros para assegurar que os investimentos certos serão feitos.
Em vez de repudiar a fala de Palihapitiya, o Facebook parece dizer que as ideias dele não são mais relevantes porque eles eram “uma empresa muito diferente na época”, enquanto que as “responsabilidades cresceram” agora.
Seria bom que as coisas realmente tivessem mudado, porque Palihapitiya fez o cenário parecer terrível. “Eu sinto uma tremenda culpa. Acho que todos sabíamos no fundo – embora tenhamos fingido toda essa linha de, tipo, provavelmente não existem más consequências intencionais”, disse o ex-executivo em um fórum na Stanford Graduate School of Business, no mês passado. “Acho que, no fundo, bem no fundo, nós meios que sabíamos que alguma coisa ruim poderia acontecer.”
De acordo com Palihapitiya, os “loops de feedback a curto prazo impulsionados por dopaminas” que o Facebook criou na mente dos usuários “estão destruindo a maneira como a sociedade funciona”. E tudo isso levou a uma triste situação: “Nenhum discurso civil, nenhuma cooperação; desinformação, mentiras. E não é um problema dos Estados Unidos – não se trata de anúncios russos. É um problema global”, disse.
Cerca de quatro dias antes, em um fórum da Axios, o ex-presidente do Facebook Sean Parker falou sobre os objetivos do Facebook quando foi criado. “O processo que surgiu em nossas mentes com o desenvolvimento dessas aplicações, o Facebook sendo a primeira delas, era: ‘como consumimos o máximo de seu tempo e atenção consciente possível?'”.
Ele completou dizendo que o Facebook alcançou seu objetivo ao desenvolver um “loop de feedback de validação social” que dá ao usuário “um pouco de dopamina de vez em quando, porque alguém curtiu ou comentou em uma foto, publicação, ou o qualquer outra coisa”.
Palihapitiya foi ainda mais agressivo quando alertou sobre o uso do Facebook. Foi por isso que sua fala gerou mais atenção e possivelmente fez com que a empresa se sentisse obrigada a responder. Palihapitiya disse que evita usar mídias sociais porque ele não quer “ser programado”. E que seus filhos “estão proibidos de usar essa merda”.
Ele então se virou para uma plateia de estudantes e disse: “Vocês não percebem, mas estão sendo programados”, antes de sugerir que pessoas com alto nível de educação são as mais suscetíveis. “E não pense ‘ah, sim, eu não, eu sou um gênio, eu estou em Stanford'”, disse. “Vocês provavelmente são os que caem mais fácil nessa. Porque estão automatizando a droga da vida de vocês.”
Fonte: Gizmodo
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