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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Dia Mundial da Justiça Social


GENEBRA (Notícias da OIT) – O Diretor-Geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Juan Somavia, apelou para que haja um compromisso com uma nova era de justiça social e advertiu que “a impressão geral é que muitas pessoas, muitas economias e muitas sociedades perderam muito porque estão estafadas”.
Em um comunicado por ocasião do Dia Mundial da Justiça Social, Somavia disse que apesar das causas profundas dos protestos que se vêem em várias partes do mundo variarem de um caso a outro, a demanda geral é a mesma: a busca da dignidade e da justiça.
Segundo Somavia, o mundo do trabalho tem sido reflexo das crescentes ineficiências da globalização, cujos principais motores (a desregulamentação do setor financeiro e a liberalização mundial do comércio) estão em crise.
Somavia disse que o problema vai além do fato de que um de cada três trabalhadores no mundo está desempregado ou vive na pobreza, ou de que existem 75 milhões de jovens sem trabalho e com muito poucas possibilidades de encontrar ocupação.
“Tomemos, por exemplo, a situação das numerosas pessoas que trabalham em condições inseguras e frequentamente desumanas ou o fato de que mais da metade da população mundial carece de qualquer tipo de proteção de seguridade social. E também a falta generalizada de liberdades fundamentais no trabalho que conduzem ao trabalho infantil, ao trabalho forçado, à discriminação e à falta de meios efetivos para fazer-se ouvir ou representar”, acrescentou.
Somavia disse que o atual momento histórico requer “uma nova maneira de pensar e soluções criativas para gerar um progresso econômico acompanhado de justiça social”, e acrescentou que o mundo do trabalho deve participar na formulação das respostas.
Somavia enfatizou a necessidade de que sejam implementadas políticas enfocadas no emprego para fazer frente ao desafio de criar 600 milhões de postos de trabalho nos próximos dez anos. Neste sentido, apelou para uma redução das desigualdades existentes e para uma reavaliação da dignidade no trabalho. Disse também que as crescentes desigualdades tiveram consequências desestabilizadoras para a dignidade humana, a estabilidade das famílias, a paz de nossas comunidades e para a economia em geral.
Somavia acrescentou que o surgimento e as repercussões dos movimentos populares mundiais ressaltam o papel cada vez mais importante que desempenham o diálogo, a colaboração e a busca de consenso – pilares fundamentais da OIT – no mundo atual.
Por último, mas não menos importante, Somavia disse que é preciso “garantir que o setor financeiro esteja ao serviço da economia real e não aceita mais a idéia de que alguns bancos são demasiado grandes para quebrar e que algumas pessoas são demasiados insignificantes para que se importem com elas”.
“O mundo tem várias opções. Podemos seguir aplicando as políticas que provocaram a crise e esperar pelo menos 88 anos para erradicar a pobreza extrema ao ritmo no qual o estamos fazendo na atualidade. Ou podemos começar a pensar e levar em prática uma visão de sociedade e de crescimento baseada na dignidade dos seres humanos que seja capaz de conseguir eficiência econômica, sustentabilidade e trabalho decente para todos em uma nova era de justiça social”, concluiu Somavia.
A OIT lançou uma campanha de vídeo para que os jovens do mundo expressem suas opiniões sobre a Justiça Social. Por ocasião do Dia Mundial da Justiça Social, a OIT também lançou o Jogo do Centenário da OIT, que faz uma revisão dos feitos mais importantes da Organização.
Fonte Texto: Portal OIT

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