Mas pesquisadores do MIT desenvolveram um novo sistema de imagens que ajudará carros autônomos a enxergarem através da neblina.
A maioria dos sistemas de navegação autônoma utiliza câmeras e sensores que se apoiam em imagens e vídeos gerados pela luz visível. Os humanos funcionam da mesma maneira, e, por isso, nevoeiros e neblinas são grandes problemas para veículos com ou sem motoristas.
Para resolver essa questão, os pesquisadores do MIT Guy Satat, Ramesh Raskar e Matthew Tancik criaram um novo sistema de imagens baseado em laser que consegue calcular com precisão a distância dos objetos, mesmo através da neblina densa.
O sistema, que será apresentado oficialmente em um artigo na Conferência Internacional de Fotografia Computacional, em Pittsburgh, no mês de maio, utiliza pequenos disparos de lasers a partir de uma câmera e calcula em quanto tempo esses raios voltam.
Quando o clima está legal e o caminho livre para os raios de luz viajarem pelo espaço, a abordagem também se mostra útil. É uma maneira muito precisa de se medir a distância até um objeto.
A neblina, que é composta de inúmeras gotículas de água suspensas no ar, espalha a luz em todas as direções. As rajadas de laser interrompidas acabam voltando à câmera em momentos diferentes, anulando os cálculos de distância que dependem de informações precisas de tempo.
Para resolver esse problema, os pesquisadores afirmam ter desenvolvido um novo algoritmo de processamento. Eles descobriram que, independentemente da densidade da neblina, os tempos de retorno da luz dispersa do laser sempre aderiram a um padrão de distribuição muito específico.
Uma câmera conta o número de fótons que retornam ao seu sensor a cada trilionésimo de segundo, e quando esses resultados são representados graficamente, o sistema é capaz de aplicar filtros matemáticos específicos, revelando picos de dados que, por sua vez, revelam objetos reais ocultos no nevoeiro.
Em um laboratório do MIT, o sistema de imagens foi testado em uma pequena câmera que media cerca de um metro de comprimento. Ele foi capaz de visualizar objetos de forma clara a 21 centímetros de distância – em situações em que humanos não eram capazes de discernir.
Em escala e condições do mundo real, nas quais a neblina não fica tão densa quanto aquela que os pesquisadores criaram artificialmente, o sistema seria capaz de ver objetos a uma distância suficiente para que um veículo tivesse tempo de sobra para reagir e evitá-los com segurança.
Fonte: Gizmodo
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