Apesar de provável, a candidatura de Russomanno ainda não é uma certeza. O veredito final deve sair após a convenção do PRB, ainda sem data.
“A discussão tem que ser partidária para não parecer que passou por cima”, disse.
O deputado federal Celso Russomanno (PRB) vem preparando a sua pré-candidatura ao governo do estado de São Paulo mas, por enquanto, prefere que pouca gente saiba disso. A discrição proposital é uma estratégia para manter o fôlego até o dia da eleição, em 7 de outubro.
Na avaliação de Russomanno, sua imagem tende a se desgastar progressivamente ao longo do tempo oficial de campanha, o que reflete em um eleitorado menor do que no início do ano eleitoral. O deputado já se lançou a cargos executivos, sempre sem sucesso: candidatou-se para a prefeitura de São Paulo nas duas últimas eleições, em 2012 e 2016.
"Fui extremamente atacado nas outras eleições em que participei”, afirmou. “Vão inventando coisas sobre os candidatos, apontando falsidades. Hoje eu tenho bastante consciência de que, para ganhar uma [eleição] majoritária, precisa de apoio partidário e estrutura.”
Ele cita como exemplo disso o vídeo no qual teria destratado uma caixa de supermercado — gravado à época em que era repórter do programa Dia a Dia, na TV Bandeirantes, mas disseminado amplamente em 2016, quando o deputado se lançou à prefeitura da capital paulista. Russomanno afirmou que o vídeo foi tirado de contexto para prejudicá-lo.
A opção pela postura mais discreta teria sua inspiração no senador José Serra (PSDB-SP), que negou a própria candidatura até o prazo limite, em eleições passadas, para então se eleger, na maioria das vezes, sem grandes dificuldades ou desgaste de imagem.
Alianças
Embora ele afirme acreditar que ainda é cedo para definir alianças, a prioridade será o tempo de TV. “Em 2016, o Doria tinha 50 comerciais de 30 segundos por dia e eu tinha oito. O PRB tem um minuto e pouco de tempo. Vamos conversar com outros partidos para tentar mais tempo de televisão.”
Apesar da comparação, ele não descarta apoiar o prefeito. “Estamos conversando [sobre essa possibilidade]. Ele é um amigo pessoal, da década de 80. Política é bem ágil, tudo pode acontecer.”
A previsão é que Russomanno repita os pactos com partidos que já apoiaram a sua candidatura em eleições anteriores. Em 2016, compunham a sua coligação o PSC, o PTB e o PEN. Quatro anos antes, juntou forças com os nanicos PTB, PTN, PHS, PRP e PT do B. Caso ele se lance ao governo novamente, a meta é fechar um acordo com um candidato de um partido maior que aceite ser vice.
Fonte:A Carta Capital
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