Pesquisa do instituto Quaest mostra que Lula lidera com folga intenção de voto dos mineiros para presidente; para o governo do Estado, Pimentel está na frente, mas tecnicamente empatado com Anastasia.
Levantamento realizado pelo instituto Quaest Pesquisa e Consultoria em Minas Gerais, entre os dias 1 e 4 deste mês, mostra o ex-presidente Lula (PT) na liderança isolada da intenção de voto dos mineiros para presidente.
Levantamento realizado pelo instituto Quaest Pesquisa e Consultoria em Minas Gerais, entre os dias 1 e 4 deste mês, mostra o ex-presidente Lula (PT) na liderança isolada da intenção de voto dos mineiros para presidente.
Para o governo de Minas, o governador Fernando Pimentel (PT) lidera a pesquisa, mas acompanhado de perto pelo senador e ex-governador de Minas, Antônio Anastasia (PSDB).
Para as duas cadeiras do Senado que os mineiros votarão no próximo ano, a preferência recai na ex-presidente Dilma Rousseff e no ex-governador Aécio Neves, mas em quadro ainda indefinido.
A pesquisa ouviu 2,2 mil eleitores de todas as regiões do Estado e a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para cima ou para baixo.
Presidência
O levantamento mostra que o ex-presidente Lula tem mais que o dobro das intenções de voto do segundo melhor colocado na pesquisa, Jair Bolsonaro (PSC). O senador Aécio Neves (PSDB), que disputou o segundo turno na última eleição presidencial, ocupa o quinto lugar, atrás de Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (REDE).
A pesquisa foi feita com dois cenários: no primeiro, Aécio Neves seria candidato a presidente pelo PSDB, e, no segundo, o governador de São Paulo Geraldo Alckimin. Nos dois cenários, o quadro é praticamente o mesmo. Os tucanos na quinta colocação e uma liderança folgada de Lula sobre os demais candidatos.
A intenção de voto em Lula (37% no primeiro cenário e 36% no segundo) equivale, hoje, ao somatório do resultado obtido pelos três candidatos que o precedem na pesquisa, Jair Bolsonaro, Marina Silva (REDE) e Ciro Gomes (PDT), que juntos somam 35% dos votos nos dois cenários.
Lula tem desempenho acima da média entre os mais pobres e menos escolarizados e empata com Bolsonaro no grupo com renda acima de 5 salários e nível superior de ensino. Entre os que estudaram até o ensino fundamental, 48% votariam no ex-presidente; entre os que têm ensino superior, esse índice cai para 23%. Jair Bolsonaro apresenta tendência inversa: tem 8% das intenções de voto entre os que estudaram até o fundamental, alcançando 21% entre os eleitores
Governo de Minas
Para o governo de Minas, o que mais chama a atenção na pesquisa não é o desempenho dos candidatos, mas a soma das intenções de votos branco, nulo, indefinição ou abstenção, que somam 51% num primeiro cenário e 45% num segundo, o que impede qualquer previsão sobre a eleição do próximo ano.
Os dois cenários são com e sem o representante do PSDB, o Senador Anastasia.
No cenário sem o senador tucano, Pimentel tem hoje o dobro das intenções de voto do segundo melhor colocado na pesquisa, o ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB). No cenário com Anastasia, Pimentel tem 19% e o tucano, 16% das intenções de voto, ou seja, estão tecnicamente empatados em função da margem de erro.
No cenário que inclui Antônio Anastasia como candidato pelo PSDB, o atual governador tem seu melhor desempenho entre os mais pobres e menos escolarizados, e empata com Anastasia nos demais segmentos. Entre os que estudaram até o ensino fundamental, 22% votariam no petista; e entre aqueles com ensino superior, esse índice cai para 16%.
Anastasia tem 15% do voto entre os que estudaram até o fundamental e 16% entre aqueles com ensino médio. O padrão é o mesmo para renda.
Senado
Para o Senado, a pesquisa mostra Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) à frente na corrida pelas duas cadeiras no Senado, mas em quadro ainda pouco definido. Com intenção de voto acima de 6% estão o ex-prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), a deputada federal Jô Moraes (PCdoB), o atual secretário de governo de Pimentel, Odair Cunha (PT), e o empresário Josué Alencar (PMDB).
Com um cenário tão pulverizado, e considerando que 32% dos eleitores disseram não votar em ninguém ou votar branco ou nulo na próxima eleição para o Senado, ou que ainda não se decidiram, a disputa para o Senado se mostra absolutamente indefinida.
Fonte: O Beltrano
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