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quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Suspeitas de fraude minam eleições em Angola

Em menos de 24 horas serão realizadas eleições gerais em Angola, a primeira em 38 anos em que José Eduardo dos Santos, actual Presidente, não será candidato pelo Movimento Popular pela Libertação de Angola, partido dominante da política angolana desde 1975.

Desde 2010 não se realizam eleições presidenciais, sendo o Presidente e o Vice-Presidente, os cabeças-de-lista do partido que obter maioria nas eleições legislativas.
Em menos de 24 horas serão realizadas eleições gerais em Angola, a primeira em 38 anos em que José Eduardo dos Santos, actual Presidente, não será candidato pelo Movimento Popular pela Libertação de Angola, partido dominante da política angolana desde 1975.
Desde 2010 não se realizam eleições presidenciais, sendo o Presidente e o Vice-Presidente, os cabeças-de-lista do partido que obter maioria nas eleições legislativas.
A lista do MPLA é encabeçada este ano pelo ex-ministro da defesa General João Lourenço. Do lado da oposição, concorrem a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) e a coligação Convergência Ampla de Salvação de Angola (CASA-CE).
No último pleito, em 2012, o MPLA obteve mais de 70% dos votos, seguido da UNITA, com 18%. Para este ano, muitos angolanos apresentam algum cepticismo e nas redes sociais têm relatado possíveis manobras das autoridades que podem vir a manipular o resultado do pleito.
Jiku, uma plataforma de monitoria independente das eleições, denunciou um caso de um cidadão que apesar de ter se registrado não consta nas bases de dados dos eleitores.
Freitas José Cassule, eleitor nº: 81288, grupo: 60221; fez a prova de vida a 06/12/2016 às 11:41:31 na tenda de registo do Curtume 7039, Cazenga. Possui comprovativo de prova de vida feita.
No entanto, o seu nome não consta em nenhuma lista de eleitores de de assembleia alguma. Solicitou as Brigadas de Atualização Electrónica e segundo estes, a base de dados retorna ausência de prova de vida.
Outro caso é a mudança, aparentemente sem explicação, do local de votação de uma cidadã da capital Luanda:
Cidadã moradora no Cassenda, Luanda, Rua 13, fez a actualização do seu registo em Setembro de 2016 no seu local de trabalho. Escolheu votar no Colégio Maralu, no Cassenda próximo da sua casa e assim dizia o recibo de actualização do registo entregue pelos registadores.
Entretanto, nas mensagens que a CNE vai enviando aos eleitores, foi informada que irá votar na rua Revolução de Outubro, no Catinton, distância de um táxi.
Mablala Pinto, da União Nacional dos Revolucionários Angolanos-UNRA, denunciou a existência de cartões de eleitores alheios:
SOS!
Foi encontrado agora no belomonte, Cacuaco, uma pasta jogado perto da maratona onde contem inúmeros cartões de eleitor. Ja se vai entregar a policia exactamemte numa esquadra próxma. Ja começou a obra de má fé! Também vamos levar ate a rádio para ser publicado ou noticiado as identidades.
Para além desses factos, os membros da Comissão Nacional de Eleições (CNE) se multiplicam em protestos:
Hossi Sonjamba, activista angolano, faz apelo para que a CNE honre com os seus compromissos:
Eu espero que a CNE – #Comissão #Nacional #Eleitoral, possa honrar com os seus compromissos, pagando os #Brigadistas#Membros das #Assembleiasde Votos e transportar os #Cidadãos #Eleitores que eles dispersaram propositadamente e por engano nas suas respectivas mesas de voto!
Como observadores, destaca-se a existência de equipas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, União Europeia e União Africana.
Fonte: Global Voices

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