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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Filhos e bastardos


A ideia bonita e gratificante de que, no Brasil, praia é lugar democrático por excelência, onde classes e raças se misturam harmoniosamente, sofreu dias atrás um contundente revés. Aconteceu em Ipanema, a orla mais badalada e rica do País, celebrada por ­poetas, músicos e turistas, o que torna o incidente, ainda que pequeno, bastante significativo.
Tudo começou por culpa do altinho, um jogo de praia muito apreciado pelos jovens. O jogo consiste em passar a bola, com o pé ou a cabeça, aos companheiros(as) em roda, sem deixá-la cair na areia. Em suma: embaixadinha de grupo. Acontece que, respondendo a numerosas queixas dos banhistas, a prefeitura proibiu, faz anos, o altinho e o frescobol das 8 até as 17 horas na beira d’água, onde essas práticas exuberantes de uma minoria comprometiam, de fato, o conforto e a segurança da maioria praieira.
O desafio repetido à proibição por parte de um grupo, numa terça-feira de sol, foi seguido de pesados xingamentos à Guarda Municipal, e da ação/reação desmedida desta, transformando o “mítico” Posto 9 em uma espécie de campo de batalha entre gangues rivais. Depois do ataque verbal de um banhista arrogante, os guardas partiram para a violência física “engravatando” o rebelde. Como faísca na gasolina, tal ação desencadeou a reação descontrolada de centenas de banhistas que, com furor digno de outras batalhas, reagiram e enfrentaram as forças públicas com o lançamento de cocos, cadeiras e guarda-sóis, obrigando-as à retirada. Os insultos repetidos de alguns banhistas contra os guardas, agora na calçada, resultaram em um ataque com cassetetes, particularmente raivoso, contra um jovem jogado na areia. Seguiram-se novos insultos de banhistas, dedo em riste, enfrentando os guardas por intermináveis minutos, até que a tensão, finalmente, baixou.
Não é o caso de entrar em mais detalhes desta crônica sobre a qual os interessados podem encontrar documentação abundante na internet e no YouTube. Acredito que vale a pena refletir sobre o que aconteceu em Ipanema, porque, ao contrário das interpretações folclóricas difundidas pela mídia, o episódio, aparentemente farsesco, na realidade esconde sérios dramas e contradições sociais.
A mentalidade de quem identifica a proibição do altinho como “falta de liberdade”, “autoritarismo” ou “repressão do esporte por parte dos guardas” representa, no mínimo, uma la­cuna grave de educação cívica. Deveria ser ensinado nas escolas que a convivência civil supõe que a liberdade individual não seja ilimitada, mas esteja circunscrita aos limites traçados pelos direitos dos outros. Do mesmo modo, os guardas, chamados pelo Estado, ou seja, por nós, a zelar por respeito às leis, não podem ser definidos com tanta superficialidade como repressores pelo simples fato de tentar impor a legalidade. Considerando que a polícia carioca está entre as mais mal pagas do Brasil, resulta quase patético o apelo de certos sábios por um melhor treinamento e profissionalismo. Mais construtivo seria, talvez, ao lado disso, reivindicar maiores financiamentos para a Segurança.
O fato de que uma força pública, de extração social humilde, presida a praia de Ipanema, como nenhum outro lugar do País, para garantir segurança aos banhistas sete dias por semana, confesso que suscita em mim uma instintiva simpatia por ela, a parte mais fraca. É evidente que qualquer forma de violência desnecessária pela força pública é inaceitável, mas me atrevo a dizer que esses homens mereceriam outro tratamento dos cidadãos beneficiados. Não só: acho que seria honesto refletir sobre o diferente deslocamento das forças públicas nos bairros da cidade. Não será difícil, assim, chegar à conclusão de que vivemos em uma situação em que os cidadãos não recebem, todos, a mesma proteção.
Ao mesmo tempo, não posso esquecer que a polícia do Rio não é só aquela que mais morre, mas é também aquela que mais mata no Brasil: é filha de uma cultura de violência e prepotência, na qual foi historicamente treinada, em uma sociedade que continua sendo, pelo visto, profundamente autoritária e desigual.
De volta aos acontecimentos da praia carioca, é certo que, antes da pancadaria, a tensão começou com a frase “sou filho de juiz”, por parte de um jovem ­jogador, e explodiu depois com outros iluminantes epítetos, como: “Ipanema é nossa, ­bando de fodidos”. Essas frases estão gravadas e, além de atestar a confusão mental daqueles que as pronunciaram, são incontestável expressão de uma mentalidade mais ampla, que se expressou plasticamente na fúria anarcoide dos banhistas combatentes. É a cultura da diferença – de classe e de raça – que separa o nós e os outros, os privilegiados e os discriminados. Não somente nas praias, mas nas consciên­cias. É dramaticamente essa condição, como se o pai Brasil tivesse filhos e bastardos.
Fonte texto: A Carta Capital

Campos minimiza disputas com o PT e evita falar em 2014


O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, em entrevista nesta segunda-feira 29
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, tem motivos de sobra para comemorar. O partido que preside, o PSB, conseguiu grande destaque nas eleições municipais. A sigla cresceu em número de vereadores, de prefeitos e conseguiu um destaque particularmente importante nas capitais – vai governar cinco, incluindo Recife, Belo Horizonte e Fortaleza, mais que todos os outros partidos. Mesmo com os motivos de comemoração, Campos mantém a serenidade. Em entrevista coletiva nesta segunda-feira 29, no Recife, o governador minimizou a importância das disputas com o PT e evitou falar nas eleições de 2014.
Eduardo Campos usou a entrevista para reforçar a posição do PSB de aliado do governo federal. Segundo ele, seu partido e o PT estiveram juntos na maioria dos municípios e, por isso, as disputas entre eles “viraram notícia”. “Se vocês [jornalistas] fizerem um levantamento dos embates, o PSB sempre esteve em posição a favor da Dilma”, disse o governador segundo o G1. “Já tem muita gente criando problemas para a Dilma, nós queremos ajudá-la a tocar a pauta nacional”, afirmou.
Campos, no entanto, fez questão de alardear o crescimento de seu partido. Lembrou que o PSB ampliou em 42% o número de prefeituras, enquanto o PT cresceu 14%. Para Campos, os resultados do primeiro turno foram bons e, no segundo turno, se tornaram “extraordinários”. Grande parte da felicidade de Campos se deu em detrimento da comemoração do PT. Candidatos do PSB ganharam a prefeitura contra petistas em Belo Horizonte, Recife (no primeiro turno), Fortaleza, Cuiabá e Campinas (segundo turno).
Uma prova da importância do PSB para o governo federal ocorreu durante a entrevista coletiva. Eduardo Campos interrompeu a conversa com os jornalistas por dez minutos para atender um telefonema da presidenta Dilma Rousseff. Segundo ele, a petista deu parabéns pelo resultado e marcou uma conversa com ele para os próximos dias, em Brasília.
O governador de Pernambuco, no entanto, não quis responder se será rival de Dilma em 2014. Ele é um dos principais nomes cotados para a disputa pois, mesmo que não consiga a vitória, teria a possibilidade de formar capital político para uma disputa em 2018, quando Dilma não poderá mais se reeleger. Segundo o governador, é bom para o governo federal que a disputa eleitoral fique para 2014 e não seja antecipada. “Para o governo da presidenta Dilma, deixar 14 para 14 será melhor. Quanto mais a gente antecipa a disputa, a gente acumula dificuldades em um cenário que já tem dificuldades”, afirmou.
Vídeo sobre a matéria:
Fonte texto: A Carta Capital

terça-feira, 2 de outubro de 2012

O novo idioma da direita na América Latina


Henrique Capriles lotou ruas de Caracas neste domingo, num gigantesco comício de encerramento da campanha de oposição a Chávez.
Como diz Lula, as elites não brincam em serviço. Na média, os prognósticos dão a Chávez a dianteira no pleito do dia 7, mas um fato é inegável: a reação não fala mais apenas aos trogloditas. 

Capriles construiu um discurso para atrair descontentamentos explícitos e difusos; ademais dos endinheirados, ecoa aspirações de setores populares catapultados pelo próprio chavismo. A direita agora adotou o idioma dos que querem mais. 

Não é exagero enxergar no 'burguesito', como o denomina Chavez, um drone político sobrevoando os céus da América Latina. Se bem sucedido - e para isso não necessariamente precisa atingir em cheio o alvo do próximo domingo - servirá de referência a outros da mesma cepa que cruzarão os ares; inclusive os do Brasil, em 2014, onde o fenômeno Russomano, em São Paulo, confirmou a receptividade a artefatos do gênero. 

Drones, como se sabe, são aqueles aviões teleguiados que permitem cometer atentados e fulminar adversários sem precisar desembarcar tropas ostensivas. 

O golpismo cool concentra recursos em ações pontuais de sabotagens e outras façanhas seletivas, ancorando-se em intensa guerra psicológica & midiática e, claro, fluxos de caixa a lideranças com potencial 'caprílico' 

É o salto no processo de seleção. Não se pode enfrentar um Chávez, Lula, Cristina, Evo etc com a mão pesada aplicada contra Kadafi ou Assad. Além de consagrados pelo voto, os líderes latinoamericanos promoveram mudanças efetivas e m curvas de distribuição de renda secularmente congeladas como o eletrocardiograma de um morto. 

Chávez tirou uns 3 milhões de miséria e permitiu a outros tantos ascenderem na escala da renda. Num país com 29 milhões de habitantes, fez da Venezuela a sociedade menos desigual da América Latina.Quem diz é a ONU. 

No Brasil, sob Lula, a renda dos mais pobres cresceu 90%; a dos mais ricos, 17% ( Ipea). O Brasil é hoje o país menos desigual de toda a sua história. Néstor e Cristina Kirchner fizeram o mesmo na Argentina onde o triturador neoliberal havia empurrado mais de 40% da população para a pobreza.

Sem ter como negar tais feitos, o gigantesco aparato intelectual e logístico que guia os drones ensaia uma vacina para enfraquecer essas conquistas.
"É insustentável', dizem os conservadores sobre a ênfase nas ações de transferência de rendas, adotada pelos governos progressistas.

O perigo desse raciocínio é que ele envolve pedaços de verdade apontados por uma parte da própria esquerda. Desses pedaços os Capriles extraem sua credibilidade para desidratar a dos adversários.

A simples transferência de renda não gera dinâmicas autônomas que possibilitem aos excluídos ocupar um espaço de inserção emancipadora para superar padrões estreitos de consumo e bem-estar.

O pulo do gato dos drones está em omitir que as reformas requeridas para esse salto são, ao mesmo tempo, fuziladas no berço pelos seus atiradores de elite. 

É o caso, por exemplo, da taxação adicional sobre a riqueza, seja ela de natureza financeira ou patrimonial, assentada em latifúndios rurais e urbanos.

Os Capriles desviam o foco quando se trata de discutir essas rupturas históricos.E iluminam vitrines de acesso rápido ao repertório consumista. Garantem: basta trocar o governante (como se troca o cartão de crédito) e limpar a corrupção da 'financiadora'. Pronto: isso feito, no idioma dos drones, a engrenagem modernizante começa a funcionar ampliando o circuito das gôndolas no acesso ao supermercado global.

A contrapartida dos cidadãos envolve frequentemente outra ardilosa meia verdade: a emancipação social à frio, através da educação. 

A idéia é que é possível anistiar o estoque de iniquidade patrimonial e superpor a ele um outro relevo histórico; e que isso se faz sentado nos bancos escolares.

Escola é crucial em qualquer etapa da vida de uma sociedade, mas o truque oculta uma contradição em termos.

Um Estado privado de recursos tributários adicionais seria incapaz de atender às obrigações correntes e, ademais, promover um efetivo salto educacional de qualidade nas periferias conflagradas. Isso, sem falar do caixa necessário para implantar políticas de desenvolvimento que assegurem a absorção dessa nova mão-de-obra tecnificada.

Nem Chávez e tampouco Lula afetaram o estoque ou o fluxo da riqueza dos 20% mais ricos de seus respectivos países. Mesmo assim são caçados implacavelmente. 

Chávez que venceu meia dúzia de eleições e plebiscitos é repugnado como um ditador grotesco; Lula é tratado como um meliante por Serra que o acusa de 'poderoso chefão' --da quadrilha do dito 'mensalão'.

Jesse Chacon, ex-ministro das Comunicações venezuelano, um quadro qualificado do país, em recente entrevista ao jornal Valor, admite que o modelo ancorado sobretudo em políticas de transferência de renda flerta com o esgotamento. 

O diagnóstico se assemelha ao dos conservadores, mas as conclusões se bifurcam. Chacon evoca o passo seguinte da história. Chama a atenção, por exemplo, para os efeitos políticos de programas de acesso ao consumo que não alteram a lógica do consumismo capitalista. 

Dá a entender que drones como Capriles levitam nessa corrente de ar que sopra permanente insatisfação material e psicológica. 

Chávez desfruta de uma válvula de escape não reproduzível: a Venezuela tem as maiores reservas de petróleo pesado do mundo (230 bi de barris); o caixa da PDVSA dilata seu horizonte político apesar da ira da elite, que antes ficava com todo o resultado da empresa. Mesmo assim, há limites no bombeamento da estatal,cuja infraestrutura se ressente de investimentos pesados.

Nos demais países o poço é bem mais raso. A inércia da desigualdade não será vencida sem políticas de renda que alterem a posse do estoque da riqueza já existente. Alterar a carga fiscal é o primeiro passo; na América Latina ela não excede a média de 18% do PIB. No Brasil é quase o dobro; mas cai substancialmente se contabilizados incentivos e renúncias fiscais. 

Pior que isso: aqui, como na maior parte da AL, a receita disponível provém de uma base que acentua desigualdades em vez de corrigi-las. Na média regional, mais de 50% da receita do Estado é baseada em impostos indiretos, pagos de forma linear por toda população com efeito socialmente nulo ou regressivo. 

O ciclo progressista da AL pode estar batendo no teto de suas ferramentas, mas está longe - muito longe - de ter esgotado a sua pertinência histórica. 

Para ir além, todavia, talvez necessite renovar o instrumental com uma novafamília de políticas e contrapesos. Os drones está chegando: independente dos resultados dia 7, Capriles antecipa o esquadrão que aprendeu a jogar no campo do adversário.

Vídeo sobre a matéria:

Fonte texto: A Carta Maior

Após greve, metalúrgicos de fornecedora da Fiat conquistam 9% de reajuste salarial


Metalúrgicos da Magna Seating - uma das principais fornecedoras da Fiat Automóveis – situada em São Joaquim de Bicas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), conquistaram nesta sexta-feira (28), após greve de 24 horas, um reajuste salarial de 9%, índice que, até o momento, é considerado um dos maiores negociados este ano em um acordo salarial por uma categoria profissional no país.

Com o fim da greve, os metalúrgicos da fábrica também conquistaram abono de R$ 1.300,00, garantia de emprego por 90 dias, aumento no valor da cesta-alimentação, que passou de R$ 80,00 para R$ 140,00, e remuneração das horas-extras a 100% todos os dias da semana, inclusive aos sábados e domingos. Também não haverá desconto das horas paradas e nem punição aos grevistas.

A paralisação na fábrica foi iniciada na última quinta-feira (27) e teve como estopim a insatisfação dos metalúrgicos da Magna em relação à proposta apresentada pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) à categoria nas negociações da Campanha Salarial Unificada dos Metalúrgicos, cuja data-base é 1º de outubro.

Saldo positivo

“As empresas continuam ganhando muito e têm sido beneficiadas com incentivos vindos do governo federal, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a desoneração da folha de pagamento e, mais recentemente, com a diminuição nas tarifas de energia elétrica, mas não oferecem uma proposta que valorize o trabalho da categoria”, avalia o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim e Região, João Alves de Almeida.

Na avaliação de Almeida, a paralisação deixa um saldo positivo. “Esta conquista terá reflexo em toda a categoria, pois mostra que as empresas do setor, de maneira geral, têm condições de apresentar uma proposta que esteja à altura do empenho e dedicação dos trabalhadores nas fábricas, onde o ritmo de produção continua acelerado com a realização de horas-extras em excesso”, ressalta.

Proposta da Fiemg não agrada

Em reunião realizada na última quarta-feira (26), na quinta rodada de negociações da Campanha Salarial Unificada, a Fiemg limitou-se a manter a proposta anteriormente apresentada aos metalúrgicos, que prevê reajuste de 4,5% - que seria aplicado sobre os salários recebidos pela categoria em setembro de 2011 - mais 0,5% a partir de janeiro de 2013, índices que não repõem as perdas salariais da categoria com a inflação do período (1º de outubro de 2011 a 30 de setembro deste ano), estimada em pouco mais de 5%  - a reivindicação dos metalúrgicos é de um reajuste de 12%.

Em relação ao piso salarial, a proposta patronal é de um reajuste de 5%, conforme a faixa salarial e o número de empregados por fábrica. A proposta da Fiemg não inclui outras reivindicações feitas pelos metalúrgicos, como pagamento de abono de um salário nominal, garantia de emprego e redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais, sem diminuição dos salários. A próxima rodada de negociações entre metalúrgicos mineiros e a Fiemg está marcada para o dia 9 de outubro.

A Campanha Salarial Unificada dos Metalúrgicos é encabeçada pela Federação Interestadual dos Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (FIT Metal), Federação dos Metalúrgicos/MG (FEM), ligada à CUT, e Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas (FEMETAL MG), que, juntas, representam cerca de 250 mil metalúrgicos em todo o estado.


Vídeo sobre a matéria:
Fonte texto: Blog CTB MG

Brasil é o terceiro país com mais mortes de jornalistas em 2012


Apenas nos seis primeiros meses deste ano, 110 jornalistas foram mortos no mundo em situação considerada de violência e atentado à liberdade de imprensa, segundo a organização não governamental (ONG) Press Emblem Campaign (PEC). No ano passado, foram registradas as mortes de 107 profissionais de imprensa no mundo. O Brasil está na quarta posição, registrando seis jornalistas mortos no primeiro semestre de 2012.
A PEC listou os 21 países mais violentos para o exercício da profissão. Na América Latina, os campões são o Brasil, em primeiro lugar, seguido por Honduras, Bolívia, Colômbia, Haiti e Panamá.
Na relação dos mais violentos estão a Síria, que registrou 21 mortes em mais de um ano de crise; o México, que identificou oito e vive um combate entre o governo e os cartéis de drogas e armas; a Somália, que vive uma guerra civil e registrou seis mortos; o Paquistão, que registrou seis mortos; o Brasil, também com seis e Honduras, com quatro.
Também estão nessa lista Filipinas que registrou quatro mortos, a Nigéria, três, a Bolívia dois, a Índia também dois. O Afeganistão identificou um jornalista morto, assim como o Barhein, a Colômbia, o Haiti, a Indonésia, o Iraque, o Nepal, Uganda, o Panamá e a Tailândia.
O número de jornalistas mortos no cumprimento do dever é atualizado mensalmente, segundo a organização, por isso alguns dados são modificados de acordo com o mês apurado. De 2007 a 2011, 545 jornalistas foram mortos.
A PEC usa estatísticas relacionadas a mortes suspeitas entre jornalistas, correspondentes, freelancers, cinegrafistas, técnicos de som, técnicos, fotógrafos, produtores, administradores e jornalistas de online. Os dados não incluem motoristas, seguranças nem tradutores, por exemplo.
A organização informou que recebe informações de associações de imprensa, sindicatos e federações, assim como das Nações Unidas. A análise dos dados se baseia em quatro categorias: as vítimas que são alvos intencionais, os que são mortos acidentalmente, os relacionados a causas criminais, como no caso de traficantes, e fatores desconhecidos.
Vídeo sobre a matéria:
Fonte texto: A Carta Capital