O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, tem motivos de sobra para comemorar. O partido que preside, o PSB, conseguiu grande destaque nas eleições municipais. A sigla cresceu em número de vereadores, de prefeitos e conseguiu um destaque particularmente importante nas capitais – vai governar cinco, incluindo Recife, Belo Horizonte e Fortaleza, mais que todos os outros partidos. Mesmo com os motivos de comemoração, Campos mantém a serenidade. Em entrevista coletiva nesta segunda-feira 29, no Recife, o governador minimizou a importância das disputas com o PT e evitou falar nas eleições de 2014.
Eduardo Campos usou a entrevista para reforçar a posição do PSB de aliado do governo federal. Segundo ele, seu partido e o PT estiveram juntos na maioria dos municípios e, por isso, as disputas entre eles “viraram notícia”. “Se vocês [jornalistas] fizerem um levantamento dos embates, o PSB sempre esteve em posição a favor da Dilma”, disse o governador segundo o G1. “Já tem muita gente criando problemas para a Dilma, nós queremos ajudá-la a tocar a pauta nacional”, afirmou.
Campos, no entanto, fez questão de alardear o crescimento de seu partido. Lembrou que o PSB ampliou em 42% o número de prefeituras, enquanto o PT cresceu 14%. Para Campos, os resultados do primeiro turno foram bons e, no segundo turno, se tornaram “extraordinários”. Grande parte da felicidade de Campos se deu em detrimento da comemoração do PT. Candidatos do PSB ganharam a prefeitura contra petistas em Belo Horizonte, Recife (no primeiro turno), Fortaleza, Cuiabá e Campinas (segundo turno).
Uma prova da importância do PSB para o governo federal ocorreu durante a entrevista coletiva. Eduardo Campos interrompeu a conversa com os jornalistas por dez minutos para atender um telefonema da presidenta Dilma Rousseff. Segundo ele, a petista deu parabéns pelo resultado e marcou uma conversa com ele para os próximos dias, em Brasília.
O governador de Pernambuco, no entanto, não quis responder se será rival de Dilma em 2014. Ele é um dos principais nomes cotados para a disputa pois, mesmo que não consiga a vitória, teria a possibilidade de formar capital político para uma disputa em 2018, quando Dilma não poderá mais se reeleger. Segundo o governador, é bom para o governo federal que a disputa eleitoral fique para 2014 e não seja antecipada. “Para o governo da presidenta Dilma, deixar 14 para 14 será melhor. Quanto mais a gente antecipa a disputa, a gente acumula dificuldades em um cenário que já tem dificuldades”, afirmou.
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Fonte texto: A Carta Capital
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