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segunda-feira, 2 de julho de 2012

O Poeta da Vez...


Ferreira Gullarpseudônimo de José Ribamar Ferreira (São Luís10 de setembro de 1930) é um poetacrítico de artebiógrafo, tradutor,memorialista e ensaísta brasileiro e um dos fundadores do neoconcretismo.

Sobre o pseudônimo, o poeta declarou o seguinte: "Gullar é um dos sobrenomes de minha mãe, o nome dela era Alzira Ribeiro Goulart, e Ferreira é o sobrenome da família, eu então me chamo José Airton Dalass Coteg Sousa Ribeiro Dasciqunta Ribamar Ferreira; mas como todo mundo no Maranhão é Ribamar, eu decidi mudar meu nome e fiz isso, usei o Ferreira que é do meu pai e o Gullar que é de minha mãe, só que eu mudei a grafia porque o Gullar de minha mãe é o Goulart francês; é um nome inventado, como a vida é inventada eu inventei o meu nome".
Segundo Mauricio Vaitsman, ao lado de Bandeira Tribuzi, Luci Teixeira, Lago Burnet, José Bento, José Sarney e outros escritores, fez parte de um movimento literário difundido através da revista que lançou o pós-modernismo no Maranhão, A Ilha, da qual foi um dos fundadores.
Morando no Rio de Janeiro, participou do movimento da poesia concreta, sendo então um poeta extremamente inovador, escrevendo seus poemas, por exemplo, em placas de madeira, gravando-os.
Em 1956 participou da exposição concretista que é considerada o marco oficial do início da poesia concreta, tendo se afastado desta em 1959, criando, junto com Lígia Clark e Hélio Oiticica, o neoconcretismo, que valorizava a expressão e a subjetividade em oposição ao concretismo ortodoxo. Posteriormente, ainda no início dos anos de 1960, se afastará deste grupo também, por concluir que o movimento levaria ao abandono do vínculo entre a palavra e a poesia, passando a produzir uma poesia engajada e envolvendo-se com os Centros Populares de Cultura (CPCs).

(...) toda sociedade é, por definição, conservadora, uma vez que, sem princípios e valores estabelecidos, seria impossível o convívio social. Uma comunidade cujos princípios e normas mudassem a cada dia seria caótica e, por isso mesmo, inviável.
— Ferreira Gullar,
Prêmios
Ganhou o concurso de poesia promovido pelo Jornal de Letras com seu poema "O Galo" em 1950. Os prêmios Molière, o Saci e outros prêmios do teatro em 1966 com "Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come", que é considerada uma obra prima do teatro moderno brasileiro.
Em 2002, foi indicado por nove professores dos Estados Unidos, do Brasil e de Portugal para o Prêmio Nobel de Literatura. Em 2007, seu livro Resmungos ganhou o Prêmio Jabuti de melhor livro de ficção do ano. O livro, editado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, reúne crônicas de Gullar publicadas no jornal "Folha de São Paulo" no ano de 2005. Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009.
Foi agraciado com o Prêmio Camões 2010.
Em 15 de outubro de 2010, foi contemplado com o título de Doutor Honoris Causa, na Faculdade de Letras da UFRJ.
Em Imperatriz ganhou em sua homenagem o teatro Ferreira Gullar, que é palco de muitas peças que emociona e contagia a alegria do povo imperatrisense e regiâo.
Em 20 de outubro de 2011, ganhou o Prêmio Jabuti com o livro de poesia Em Alguma Parte Alguma, que foi considerado "O Livro do Ano" de ficção.

Bibliografia
Poesia
  • Um pouco acima do chão, 1949
  • A luta corporal, 1954
  • Poemas, 1958
  • João Boa-Morte, cabra marcado para morrer (cordel), 1962
  • Quem matou Aparecida? (cordel), 1962
  • A luta corporal e novos poemas, 1966
  • História de um valente, (cordel; na clandestinidade, como João Salgueiro), 1966
  • Por você por mim, 1968
  • Dentro da noite veloz, 1975
  • Poema sujo, (onde localiza-se a letra de Trenzinho do Caipira) 1976
  • Na vertigem do dia, 1980
  • Crime na flora ou Ordem e progresso, 1986
  • Barulhos, 1987
  • O formigueiro, 1991
  • Muitas vozes, 1999
  • Um gato chamado gatinho, 2005
  • Em Alguma Parte Alguma, 2010
Antologias
  • Antologia poética, 1977
  • Toda poesia, 1980
  • Ferreira Gullar - seleção de Beth Brait, 1981
  • Os melhores poemas de Ferreira Gullar - seleção de Alfredo Bosi, 1983
  • Poemas escolhidos, 1989
Contos e crônicas
  • Gamação, 1996
  • Cidades inventadas, 1997
  • Resmungos, 2007
Teatro
  • Um rubi no umbigo, 1979
Crônicas
  • A estranha vida banal, 1989
  • O menino e o arco-íris, 2001
Memórias
  • Rabo de foguete - Os anos de exílio, 1998
Biografia
  • Nise da Silveira: uma psiquiatra rebelde, 1996
Ensaios
  • Teoria do não-objeto, 1959
  • Cultura posta em questão, 1965
  • Vanguarda e subdesenvolvimento, 1969
  • Augusto do Anjos ou Vida e morte nordestina, 1977
  • Tentativa de compreensão: arte concreta, arte neoconcreta - Uma contribuição brasileira, 1977
  • Uma luz no chão, 1978
  • Sobre arte, 1983
  • Etapas da arte contemporânea: do cubismo à arte neoconcreta, 1985
  • Indagações de hoje, 1989
  • Argumentação contra a morte da arte, 1993
  • O Grupo Frente e a reação neoconcreta, 1998
  • Cultura posta em questão/Vanguarda e subdesenvolvimento, 2002
  • Rembrandt, 2002
  • Relâmpagos, 2003
Televisão
  • Araponga - 1990/1991 (Rede Globo) - colaborador
  • Dona Flor e Seus Dois Maridos - 1998 (Rede Globo) - colaborador
  • Irmãos Coragem - 1995 (Rede Globo) - colaborador
Vídeo sobre a matéria:
Fonte texto: Wikipédia

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