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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Greve nas Federais: ANPG solicita à Capes e ao CNPq atenção aos prazos dos pós-graduandos


A ANPG enviou às agências nacionais de fomento, Capes e CNPq, um pedido para que os prazos dos projetos (defesa de dissertação, depósito e etc.) sejam adaptados aos novos calendários acadêmicos das universidades em greve, inclusive no tocante à concessão de bolsas. Leia a íntegra do ofício aqui.
A ANPG desde o início tem acompanhado o cotidiano da greve através das APGs e no dia 13 de junho lançou nota de solidariedade ao movimento.
Enviamos esta solicitação à Capes e ao CNPq por dois motivos. O primeiro é garantir o direito dos pós-graduandos seguirem o mesmo calendário das universidades, muitos deles alterados em função da greve. Isso pode significar a alteração de uma data de depósito de dissertação ou tese, o que pode vir a exigir, por exemplo, uma extensão do tempo de bolsa deste pesquisador. O segundo motivo é pautar os mais diversos órgãos de governo sobre uma forte greve que toma conta das universidades federais e exige respostas, tanto no sentido de que sejam cumpridos os compromissos com os docentes, quanto no sentido de estabelecer compromissos para a estruturação e expansão das universidades públicas brasileiras“, disse a presidenta da ANPG, Luana Bonone.
A intenção da entidade é enviar a mesma solicitação também para as fundações de apoio estaduais.
Entenda a greve
Em diversas universidades os estudantes também aderiram à greve dos docentes e técnicos. APG UFPE,APG UFSJ, APG UFBA, APG UFV e o Fórum de Pós-Graduandos da UFPR aprovaram moções de apoio ao movimento. Na UFRJ e na UFF os pós-graduandos paralisaram as atividades.
No domingo (17), durante a Plenária Final do CONEG da UNE, fórum que reúne os Diretórios Centrais dos Estudantes, representantes da Andes e da Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (Fasubra) receberam o apoio dos estudantes, no sentido de unir forças em torno das reivindicações pela melhoria da Educação.
Desde o dia 17 de maio os docentes das universidades federais estão em greve. No dia 11 de junho foi deflagrada a paralisação dos técnicos administrativos e no dia 13 do mesmo mês foi a vez dos servidores federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica também aderirem ao movimento.
Já são mais de 50 universidades e 4 Institutos Federais sem aulas. Nada menos que 70% do ensino superior federal está com as aulas suspensas, atingindo cerca de um milhão de estudantes.
As principais reivindicações dos trabalhadores são o aumento do piso salarial em 22,8% e a correção das pendências da carreira desde 2007. O piso atual é de R$ 1.034. Os servidores fizeram uma greve de quase quatro meses no ano passado, mas não houve negociação com o governo e a paralisação foi encerrada. De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), os professores pleiteiam carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho.
Sem negociação
O governo voltou desmarcou a reunião prevista para a terça-feira (19), com representantes sindicais dos professores. O Ministério do Planejamento, que toca as negociações, apresentaria o esboço de um novo plano de carreira dos docentes, principal reivindicação dos docentes.
O Ministério do Planejamento recebeu o movimento pela primeira vez no dia 12 de junho, quando pediu uma trégua de 20 dias, mas a categoria recusou interromper o movimento sem ouvir uma proposta clara. A reunião do dia 19, cancelada, deveria, enfim, apresentar a proposta do governo.
O Planejamento confirmou o adiamento, mas não detalhou os motivos. Ainda não há data para um novo encontro.
De acordo com o “Manifesto à População”, documento lançado na Câmara dos Deputados nesta quarta (20) pelas entidades do setor da educação federal em greve (ANDES-SN, Sinasefe e Fasubra): Os trabalhadores da educação federal e estudantes estão em greve, porque estão conscientes de que é imprescindível lutar em defesa das Instituições Federais de Ensino. As negociações com o governo não avançam. No entanto, crescem a degradação das condições de trabalho, ensino e a deterioração da infraestrutura oferecida nas universidades, institutos e centros tecnológicos federais.
Vídeo sobre a matéria:
Fonte texto: Portal UJS

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