Se não bastasse ter que encarar o momento mais crítico da pandemia, com sistema de saúde colapsando, o belo-horizontino ainda tem que conviver com a alta desenfreada da gasolina. Em menos de um mês, o valor médio do litro do combustível aumentou quase R$ 0,50 na capital mineira e a máxima – da gasolina normal, vale frisar – atingiu R$ 6,24 em um posto de gasolina no bairro Belvedere, Zona Sul da capital mineira. Além da mais intensa sequência de aumentos em mais de 20 anos de conferência de preço pelo instituto de pesquisa Mercado Mineiro, o motorista ainda vê o risco de nova paralisação dos tanqueiros até a sexta-feira (26).
“São 20 anos de Mercado Mineiro, e nunca tivemos tanto aumento seguido igual aconteceu do fim do ano passado para cá. Sempre com argumento da política de preços da Petrobras e repassando isso para o bolso do consumidor. As pessoas viraram reféns do dólar, de fatores externos. Temos que pensar três vezes antes de pegar o carro”, explica Feliciano Abreu, presidente do Mercado Mineiro, um instituto de pesquisa que acompanha e compara preços de produtos diversos em BH.
A pesquisa mais recente foi realizada entre quinta-feira (18) e domingo (21), quando foi calculado um valor médio da gasolina normal de R$ 5,759. No último levantamento, realizado no dia 26 de fevereiro, a média do preço estava em R$ 5,293 – portanto, um aumento de R$ 0,47 em menos de um mês. Em Betim, na Grande BH, o preço médio do litro da gasolina é de R$ 5,688. Já em Contagem, o valor está em R$ 5,749.
A expectativa, pelo menos, é de que seja registrada uma queda nos valores em breve – mas pequena, que não deve ultrapassar os 5%. “A partir desta semana é possível que os postos faça, uma redução, mas muito pequena. Tem toda a questão de imposto, transporte, logística. A notícia é boa, por conta da queda, de aumentos consecutivos, mas o resultado final não deve trazer tanta diferença ao consumidor. A expectativa é menos pior, mas não vejo ainda nada a comemorar, ainda tem muita dessa gordura – desses aumentos consecutivos – para queimar”, completa Abreu.
Fonte: BHAZ
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