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terça-feira, 22 de setembro de 2020

História - Dentes provam que espinossauros viviam na água há 100 milhões de anos

Até o início do ano, acreditava-se que dinossauros eram exclusivamente terrestres. Novos estudos na fronteira entre Argélia e Marrocos, entretanto, indicam que ao menos uma espécie era aquática

Em abril, uma pesquisa publicada na Nature apresentou evidências de que os espinossauros podiam viver em ambientes aquáticos — algo inovador, pois, até então, acreditava-se que os dinossauros eram apenas terrestres. Agora, uma análise dos dentes desses animais apresentou novas provas de que, há 100 milhões de anos, o Spinosaurus aegyptiacus de fato vivia na água.

Em abril, uma pesquisa publicada na Nature apresentou evidências de que os espinossauros podiam viver em ambientes aquáticos — algo inovador, pois, até então, acreditava-se que os dinossauros eram apenas terrestres. Agora, uma análise dos dentes desses animais apresentou novas provas de que, há 100 milhões de anos, o Spinosaurus aegyptiacus de fato vivia na água.


O novo estudo, liderado pela Universidade de Portsmouth, no Reino Unido, foi conduzido por parte dos cientistas que participaram da primeira pesquisa e foi compartilhado na edição de agosto da Cretaceous Research. Eles analisaram fósseis encontrados no sistema do rio Kem Kem, que fluía pelo deserto do Saara, onde hoje é a fronteira entre Argélia e Marrocos.


Os estudiosos contam que coletaram 1,2 mil dentes na região, dos quais 45% pertenceram a espinossauros. Segundo eles, os dentes desses animais têm uma superfície distinta e uma seção transversal lisa e arredondada que cintila quando segurada contra a luz. 


"A abundância de dentes de Spinosaurus em relação a outros dinossauros é um reflexo de seu estilo de vida aquático", afirmou David Martill, um dos cientistas, em declaração. "Um animal que vive grande parte de sua vida na água tem muito mais probabilidade de contribuir com dentes para o depósito do rio do que aqueles dinossauros que talvez apenas visitaram o rio para beber e se alimentar ao longo de suas margens."


Os espinossauros eram um tanto grandes: pesavam aproximadamente 6 toneladas, tinham 15 metros de comprimento e chegavam a 7 metros de altura. "A partir dessa pesquisa, podemos confirmar esse local como o lugar onde esse gigantesco dinossauro não apenas viveu, mas também morreu", dissi Martill. "Os resultados são totalmente consistentes com a ideia de que [esses animais eram] verdadeiros 'monstros do rio'."

Fonte: Revista Galileu

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