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quarta-feira, 29 de agosto de 2018

No Jornal Nacional, Globo provou que não sabe lidar com quem ela mesma criou

Valendo-se do senso comum, Jair Bolsonaro jantou os apresentadores do Jornal Nacional. Globo provou que não sabe lidar com a besta que ela própria libertou da jaula
Pragmatismo Político recebeu críticas de leitores por cravar, após a sabatina de Jair Bolsonaro no Jornal Nacional, que o presidenciável conservador saiu mais forte do que entrou.
“Embora pareça contraditório, ao não responder nada do que lhe foi perguntado, Jair Bolsonaro conseguiu pautar a entrevista, emparedou a Globo e é provável que não tenha perdido um único voto”, publicamos na noite desta terça-feira (28).
Pragmatismo Político recebeu críticas de leitores por cravar, após a sabatina de Jair Bolsonaro no Jornal Nacional, que o presidenciável conservador saiu mais forte do que entrou.
“Embora pareça contraditório, ao não responder nada do que lhe foi perguntado, Jair Bolsonaro conseguiu pautar a entrevista, emparedou a Globo e é provável que não tenha perdido um único voto”, publicamos na noite desta terça-feira (28).
A breve análise do jornalista Luis Nassif (vídeo abaixo) sobre a entrevista do candidato é uma das mais precisas que foram publicadas na internet e coincide com as impressões da redação do Pragmatismo Político.
“Hoje na entrevista que deu ao Jornal Nacional, Bolsonaro mostrou que ele é o resultado desse processo de degradação da sociedade brasileira. Infelizmente, a maioria da população ainda não tem refinamento para compreender conceitos referentes a minorias e direitos humanos. Isso é uma construção gradativa, não apenas no Brasil, mas em democracias. É um conhecimento que vai se acumulando, amparado por leis e valores”, assinalou Nassif
“Quando você rompe a institucionalidade através do discurso de ódio, que começou em 2005, alimentado pela mídia, e teve seu ápice no golpe contra Dilma Rousseff […] quando você começa a perceber a manipulação da lei pelo Supremo (STF), quando você vê o Ministério Público manipulando o processo eleitoral, então todo esse conjunto de regras vai para o vinagre. E então aquele senso comum mais grotesco, mais primário vem à tona e passa a dar as ordens”, continuou.
“Hoje a entrevista do Bolsonaro foi tipicamente a vitória do senso comum sobre o senso comum dos entrevistadores. Abriram um palco pra ele monumental. Não adianta o sujeito esclarecido pensar: ‘nossa, mas ele mostrou que é misógino, que é homofóbico’ […] Para o público dele, ele mostrou coragem para enfrentar o sistema. Ou seja, a própria Globo, ao desmoralizar a política, as leis, desmoralizou o sistema como um todo e ela não se deu conta de que ela também é sistema”, disse.
[…]
“Em uma televisão acostumada a usar o senso comum, de repente o Bonner e a Renata tentam questionar Bolsonaro através de, digamos, ‘bons princípios’ — aqueles valores que são marcados em debates políticos de países civilizados. E o Bolsonaro foi desconstruindo um a um, usando essa superficialidade e esse senso comum que foram impulsionados pela própria Globo nos últimos anos”.
“Todo essa argumentação superficial do Bolsonaro no JN, que numa sociedade bem informada seria execrada, acaba ganhando força de maneira inédita, em rede nacional, e o resultado disso tudo é o fortalecimento de sua candidatura. É a maneira para o onde o Brasil caminha. A marcha da insensatez de um país que destruiu as leis, destruiu a Constituição, destruiu o pacto democrático através desse discurso de ódio, estimulado principalmente pela Globo […] e agora surge o seu filho maior. E agora? Como é que você faz? Ganharam vida própria. Achavam o que? O que vão fazer? O mesmo golpe que foi aplicado no Lula será aplicado em Bolsonaro?”
Assista a íntegra:

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