Notícia foi revelada no mesmo dia que "canal secreto" de comunicação entre Netanyahu e Abbas foi descoberto
Cerca de 68 pessoas perderam suas casas na véspera de natal
A ONU (Organização das Nações Unidas) condenou a demolição de habitações palestinas na Cisjordânia por Israel na noite de natal, pedindo a suspensão imediata das atividades. Cerca de 68 pessoas perderam suas residências.
"A UNRWA (A agência da ONU de ajuda aos refugiados palestinos) condena as últimas demolições na Cisjordânia, as mais recentes na véspera do Natal", afirmou em um comunicado, Chris Gunness, porta-voz da entidade. Até agora, pelo menos 1.103 palestinos foram desalojados em 2013 por estas demolições, "que violam o direito internacional", de 663 construções, entre elas, 250 casas, na Cisjordânia e Jerusalém oriental", afirma a ONU em nota oficial.
Como consequência, a UNRWA "pede a Israel que ponha fim, imediatamente, as demolições administrativas", informa o comunicado.
Canal secreto entre Israel e Palestina
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente palestino, Mahmoud Abbas, têm há anos um canal secreto de diálogo por meio de um empresário palestino que reside em Londres.
Esta via alternativa de comunicação foi estabelecida quando Netanyahu chegou ao poder em 2009, informou nesta quinta-feira (26/12) o jornal israelense Yedioth Ahronoth, ressaltando que perdeu força desde que as partes começaram a falar diretamente, em julho passado, ao redor da mesa de negociações.
Segundo o jornal, nos últimos anos o assessor e homem de confiança de Netanyahu, o advogado Itzjak Moljo, costumava viajar de vez em quando a Londres para abordar questões de interesse mútuo com um interlocutor palestino e homem de confiança do presidente Abbas.
Este tipo de canal informal de diálogo - conhecido no jargão diplomático como "backchannel"- serviu para resolver problemas que preocupavam ambas partes e teve grande importância na legislatura anterior de Netanyahu.
"Tinha três objetivos: resolver problemas diários no terreno, abrir caminho para um possível acordo político, e convencer a outra parte do interesse em retomar as negociações de paz", segundo o "Yedioth".
(*) Com informações da Agência EFE, AFP e RT
Fonte: Opera Mundi
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