Siga a gente aqui!

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Capitalismo e desigualdade social são duas faces da mesma moeda

De acordo com o relatório do banco Credit Suisse (The Credit Suisse Global Wealth Report 2012), 0,6% da população de milionários abocanha 12 vezes mais riquezas que 69,3% dos habitantes do planeta. O informe estima uma riqueza global de US$ 223 trilhões em 2012 (meados do ano). Como havia 4,59 bilhões de pessoas adultas no mundo, a riqueza per capita por adulto foi de US$ 49 mil. Ou seja, esse seria o valor caso dividíssemos igualmente a riqueza para todas as pessoas do mundo. 
 
Esse informe mostra de maneira clara que não há distribuição de riqueza no sistema capitalista. Como o Manifesto Comunista explica, nossa sociedade está dividida, principalmente, entre proletários e burgueses. Os proletários são aqueles que não têm nada além da sua força de trabalho para sobreviver. São os operários da fábrica, professores, enfermeiros, vendedores, resumindo: são os 69,3% que deveriam ter uma renda per capita de US$ 49 mil. 
 
Os burgueses são os 0,6%. Vivem do dinheiro que os proletários geram.  São os donos de bancos, grandes empresas e latifúndios que exploram a maioria da população para conseguir acumular as mansões, carros, jatinhos e toda a riqueza que possuem. 
 
Analisemos mais de perto os 69,3% de adultos que representam 3,184 bilhões de pessoas com maior idade. Eles são a “A base da pirâmide” de nossa sociedade e detiveram apenas 3,3% da riqueza mundial. Ou seja, 2/3 dos adultos ficaram com apenas 7,3 trilhões dos 223 trilhões da riqueza global. Sendo assim, ou invés de US$ 47 mil eles receberam US$ 2.293. Enquanto isso, os milionários, aqueles com patrimônio acima de um milhão de dólares eram somente 29 milhões de adultos, representando 0,6% do total no mundo. Todavia eles possuem 12 vezes o patrimônio da “base da pirâmide”, concentrando 39,3% da riqueza global, um montante de US$ 87,5 trilhões. 
 
A pesquisa mostra ainda dados sobre os grupos intermediários, que poderíamos situar de maneira abstrata, como a pequena burguesia ou classe média. Seriam os pequenos e médios empresários, comerciantes e profissionais liberais. 
 
Para a riqueza entre US$ 10 mil e US$ 100 mil, havia 1,035 bilhão de adultos, o que representava 22,5% do total de pessoas adultas no mundo. O montante de toda a riqueza deste contingente intermediário foi de US$ 32,1 trilhões, o que representava 14,4% da riqueza global. Ou seja, pouco menos de um quarto (1/4) dos adultos do mundo possuíam 14,4% do patrimônio global da riqueza. A riqueza per capita deste grupo foi de US$ 31 mil.
 
No grupo de riqueza entre cem mil e um milhão de dólares, havia 344 milhões de adultos, o que representava 7,5% do total de pessoas na maioridade no mundo. O montante de toda a riqueza deste contingente intermediário foi de US$ 95,9 trilhões, o que representava 43,1% da riqueza global. Ou seja, pouco menos de um décimo (1/10) dos adultos do mundo possuíam 43,1% do patrimônio global da riqueza. A riqueza per capita deste grupo foi de US$ 279 mil.
 
A incrível pirâmide da desigualdade global como chama o professor José Eustáquio Diniz Alves, Colunista do Portal Ecodebate é a hierarquia do sistema capitalista e não irá mudar, enquanto nosso sistema estiver assentado na exploração do homem pelo homem. Para os 0,6% estarem no topo é preciso que milhares sejam explorados todos os dias.
 
O problema dessa desigualdade não é a necessidade de outra política de tributação para os mais ricos. Isso pode até ajudar, mas para que todos tenham igual distribuição de riqueza, precisaremos de outro sistema no qual a prioridade seja o bem estar geral da população, não o lucro. Assim poderíamos garantir a riqueza per capita de US$ 49 mil por adulto.

Fonte Texto: Blog Esquerda Marxista

Nenhum comentário:

Postar um comentário