Manifestações se espalharam pelo Brasil afora no domingo. Maior parte delas transcorreu de forma pacífica sem incidentes graves FOTO: FOLHAPRESS
Até a noite de ontem, o movimento no local estava pacífico, segundo a Polícia Militar. O grupo levou um fogão, que deve ser usado para fazer o almoço de hoje, além de um violão e um piano, afirmou a PM. Os manifestantes devem decidir no decorrer da tarde se manterão a ocupação da Câmara.
Na noite de ontem, um professor foi detido logo após deixar o local ocupado. Ele foi conduzido à delegacia após ser acusado por um guarda municipal de ter "incitado a violência".
A tensão ocorreu pouco antes do início da sessão extraordinária de ontem, uma vez que havia mais pessoas do que comportam as galerias do local.
Manifestantes que haviam ficado de fora forçarem a entrada, trocando empurrões com guardas municipais e seguranças particulares. A entrada de todos foi aprovada apenas após a aprovação da proposta que reduziu a tarifa em 1,78% - de R$ 2,80 para R$ 2,75.
Após a ocupação, os manifestantes, a maior parte deles jovens, também criticaram a derrubada, na votação de sábado, de emendas propostas por vereadores do PT, que sugeriam maior desconto na passagem e a abertura da planilha de custos do setor no site da Prefeitura, que afirma ter realizado desde abril uma auditoria nas concessionárias do sistema de transporte coletivo para verificar possibilidade de redução de custos, e cita benefícios concedidos aos passageiros na cidade, como desconto de 50% na segunda viagem, em intervalo de uma hora e meia, e meio passe estudantil, que beneficia 8.446 alunos.
Outras capitais
Mais de 500 crianças, adolescentes e familiares se uniram na manhã de ontem, ao som de música e com dança e histórias infanto-juvenis, em protesto pacífico, no Parque da Cidade, em Brasília (DF), segundo a Polícia Militar e da organização do evento.
A Marcha das Crianças surgiu da vontade de pais e mães de participar de protestos na cidade em defesa de melhorias sociais, do combate à corrupção e de mais ação das autoridades. "Estou aqui porque eu quero mais escola para as crianças e também que as crianças consigam brincar mais e se divertir", disse Marcelo, 7, filho da jornalista Ana Laura Cartaxo, 28, uma das idealizadoras do projeto.
Mesmo tendo chegado no limite do perímetro de proteção da Fonte Nova, onde aconteceu o jogo Itália x Uruguai pela disputa do terceiro lugar da Copa das Confederações, o protesto do Movimento Passe Livre de Salvador não registrou confronto com policiais e já foi encerrado no início da tarde deste domingo.
Dissidentes do grupo, porém, seguiram em direção ao hotel onde fica parte da delegação da Fifa na capital baiana e fizeram um ato contra os gastos do governo com a Copa. O policiamento foi reforçado com membros da Tropa de Choque, e a rua de acesso ao local foi interditada.
Em São Luís (MA), cerca de 100 médicos e outros profissionais da saúde fizeram manifestação contra a importação de médicos estrangeiros para atuar no País. O ato foi pacífico.
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