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segunda-feira, 22 de julho de 2013

UE inclui braço militar do Hezbollah na lista de organizações terroristas

Decisão seria em resposta a ataque suicida na Bulgária. Hezbollah é um dos principais aliados da Síria na região.
Ministros europeus das Relações Exteriores decidiram nesta segunda-feira (22/07) inscrever o Hezbollah na lista de organizações terroristas da UE (União Europeia). Os diplomatas afirmam que bloqueio refere-se apenas ao braço militar da organização. Além de ser interlocutor de diversos projetos em colaboração com a UE, o Hezbollah integra o governo do Líbano.Segundo informações da Agência Efe, a UE adotou a decisão como resposta ao atentado suicida cometido supostamente pelo Hezbollah e que matou seis pessoas há um ano na Bulgária. O Reino Unido pressionava há muito tempo os outros membros da UE para esta decisão fosse tomada. “Quando acontece um ataque terrorista em solo europeu, tem de haver consequências”, disse o chanceler do Reino Unido, William Hague. “A Europa tem o reconhecer e agir”, reiterou.

Wikicommons

Sede da UE em Bruxelas: bloco passa considerar repartição militar do Hezbollah como terrorista

Coincidentemente, o Hezbollah também foi alvo de críticas do Reino Unido e de outras potências ocidentais por apoiar o governo do presidente sírio Bashar Al-Assad na guerra civil que assola o país há mais de um ano. Esses países, por sua vez, sustentam organizações opositoras formadas por membros da oposição síria e mercenários, inclusive com o fornecimento de armas e mantimentos. O acordo, decidido por unanimidade entre os membros do bloco, "passa a considerar a milícia como um grupo terrorista, mas mantém a cooperação com o governo do Líbano, o diálogo com todas suas forças políticas e a ajuda financeira ou humanitária", disseram fontes europeias. Em nota oficial, os europeus afirmam que o objetivo é "impedir que terroristas encontrem refúgio em território comunitário sem contribuir para afetar a estabilidade do Líbano". Reunidos em Bruxelas, os ministros europeus das Relações Exteriores afirmaram, no entanto, que há o desejo de “continuar o diálogo” com "todos os partidos políticos libaneses, incluindo o Hezbollah".
Quando soube das intenções da UE, o governo libanês pediu oficialmente aos europeus para não incluírem o Hezbollah nesta lista negra, afirmando que a organização representa uma “parte essencial” da sociedade do Líbano. Após a decisão, o Líbano ainda não se pronunciou sobre a medida europeia. A principal consequência de fazer parte de uma lista terrorista é o congelamento de contas e bens do grupo armado no espaço europeu. No entanto, dizem os especialista, a UE sabe que existe dificuldade para distinguir se os bens pertencem ao ramo político ou militar do movimento.
Fonte texto: Opera Mundi

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