A polícia do Rio de Janeiro não deu refresco no dia 11 de julho. Contrastando com o resto do país, foi montada uma operação policial visando a repressão e o ataque aos manifestantes. A desculpa, como sempre, foi a existência de “baderneiros mascarados”. O relato de um dos participantes explica o que aconteceu: durante a manifestação os “mascarados” correram e se posicionaram na frente da passeata. A polícia seguia acompanhando. Quando a passeata chegou perto da Cinelândia, de repente, os policiais que estavam perto dos mascarados sumiram de vista e eles ficaram sozinhos. E começaram a jogar bombas e foguetes. Outro manifestante relatou que vários deles carregavam mochilas com garrafas dentro, visíveis para qualquer um de longe. E não eram nem incomodados pela polícia.
RioAi quando começaram a jogar suas bombas e foguetes, a polícia “revidou” jogando gás lacrimogênio nos que participavam da passeata. E quando o carro de som quis pedir calma, foi atacado com bombas de gás lacrimogênio. Ou seja, tratou-se de uma provocação deliberada, organizada, aonde os mascarados puderam atuar livremente e, surpreendentemente, nenhum mascarado foi detido e identificado. Pelo contrário, sumiram sem deixar rastros, enquanto o povo da passeata continua sendo agredido pelas ruas próximas a Cinelândia.
A passeata que se dirigiu ao Palácio das Laranjeiras teve destino semelhante. Organizada pela internet, sem relação com as centrais, também foi alvo de provocação. Um policial infiltrado foi identificado no meio da multidão e correu para o palácio sendo abrigado pela polícia que fazia a proteção. E logo depois deste incidente começou a “confusão”, na verdade uma repressão generalizada a todos que se encontravam perto do Palácio. Uma bomba de gás lacrimogênio atingiu o apartamento de um cidadão que residia perto, sem que a ele ao menos fossem devidas desculpas. No largo de São Salvador, uma praça próxima ao Palácio, a polícia chegou jogando bombas nos bares, atingindo frequentadores e inclusive crianças que brincavam no local. Uma clínica foi invadida, jogaram uma bomba de gás lacrimogênio no corredor de emergência e levaram detidos vários manifestantes que lá tinha se refugiado. A porta da clínica foi destruída por uma bala de borracha. Um manifestante está internado até hoje com traumatismo crânio encefálico, no setor de UTI da clínica!
Sim, este é Sergio Cabral, aliado de Dilma, que tem o PT na composição do seu governo. Será que ainda restam dúvidas de que este senhor é filhote dileto da ditadura militar, que este senhor foi o que propôs fazer aborto forçado nas mulheres de favelas para evitar o nascimento de criminosos, que este senhor quando a polícia atirou e matou um bebe em um carro ao invés de pedir desculpas e mandar investigar, disse apenas que a polícia continuaria fazendo o seu trabalho, que este senhor coqueteou durante muito tempo com as milícias que agem impunemente em muitos bairros do Rio?
Sim, a direção do PT continua fazendo aliados muito incômodos e a única maneira de acabar com isso é indo ao fundo do problema: é necessário romper com os partidos burgueses, é necessário expulsar os ministros capitalistas do governo, é necessário sair dos governos burgueses como este do Sr. Sergio Cabral.
Fonte texto: Blog Esquerda Marxista
Nenhum comentário:
Postar um comentário