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quarta-feira, 11 de abril de 2012

Taxas de Juros


Parece que está no ar um consensozinho das Garças. Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú-Unibanco, e Teresa Ter-Minassian, do FMI, defendem superávit estrutural como “saída” para o Brasil. Saída para quê? Nenhuma palavra sobre desenvolvimento e investimento.
O setor financeiro privado não quer saber nada de investimento no desenvolvimento. Fala ainda em elevar a poupança, não o crédito para o investimento. Nenhuma palavra sobre os spreads bancários privados. Nada sobre o câmbio ou superávite em conta corrente. Enfim, o país deles é eterno candidato a se desenvolver com poupança externa.
Está acostumado a financiar a dívida pública, garantida exatamente pelo superávit. Antes, tinham o argumento da inflação, o regime de metas. Com a pressão cadente da inflação, não lhe sobra nada para argumentar, apenas o cinismo de quem quer garantir sua condição de peixe de aquário, ou seja, cevado garantidamente pelo pagamento de juros da dívida pública. Nem as carpas no Jardim Japonês do Ibirapuera em São Paulo têm tanto.
Aécio Neves, o neo-oposicionista, vai ao ponto, sem pudor: “a perda de competitividade no Brasil está ligada ao crescimento excessivo do gasto público”. Fecha-se o círculo.
Um “consenso” bem pobre esse.
***
Mais um recibo de operação blindagem de Marconi Perillo. Antes, fora na Folha e no JN-Globo. Agora, no Estadão: o governador é tratado candidamente, e como cândido ele exerce um pré-direito de defesa que já equivale a um julgamento com auto-declarada inocência.
Em meio a tantos casos do mesmo tipo, mas de sinal inverso – ou seja, gente do governo –, chega a ser escandaloso o papel da mídia em conluio com a oposição. Só não se aventaram a defender Demóstenes. Pudera: o senador desmoralizou até a desonestidade!


Fonte texto: Blog do Sorrentino

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