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quinta-feira, 5 de abril de 2012

O Poeta da Vez...

Abgar Renault
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Abgar Renault (A. de Castro Araújo R.), professor, educador, político, poeta, ensaísta e tradutor, nasceu em Barbacena, MG, em 15 de abril de 1901, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 31 de dezembro de 1995. Eleito em 1o de agosto de 1968 para a Cadeira n. 12, na sucessão de J. C. de Macedo Soares, foi recebido em 23 de maio de 1969, pelo acadêmico Deolindo Couto. 
Era filho de Léon Renault e de Maria José de Castro Renault. Casado com D. Ignês Caldeira Brant Renault, teve dois filhos, Caio Márcio e Luiz Roberto, e três netos, Caio Mário, Abgar e Flávio.
Realizou os estudos primários, secundários e superiores em Belo Horizonte, onde começou a exercer o magistério. Foi professor do Ginásio Mineiro de Belo Horizonte, da Universidade Federal de Minas Gerais e, no Rio de Janeiro, do Colégio Pedro II e da Universidade do Distrito Federal. Eleito deputado estadual por Minas Gerais, nomeado Diretor da Secretaria do Interior e Justiça do mesmo Estado; Secretário do Ministério da Educação e Saúde Pública Francisco Campos e seu Assistente na Secretaria da Educação e Cultura do Distrito Federal; Diretor e organizador do Colégio Universitário da Universidade do Brasil; Diretor do Departamento Nacional da Educação, Secretário da Educação do Estado de Minas Gerais em dois governos, quando se notabilizou por incentivar o ensino no meio rural; Ministro da Educação e Cultura; Diretor do Centro Regional de Pesquisas Educacionais João Pinheiro em Belo Horizonte; Ministro do Tribunal de Contas da União; membro da Comissão Internacional do Curriculum Secundário da Unesco (1956 a 1959); consultor da Unesco na Conferência sobre Necessidades Educacionais da África, em Addis Abeba (1961); membro da Comissão Consultiva Internacional sobre Educação de Adultos, também da Unesco (1968-1972); representante do Brasil em numerosas conferências internacionais sobre educação levadas a efeito pela Unesco em Londres, Paris, Santiago do Chile, Teerã, Belgrado e Genebra; eleito várias vezes membro da Comissão de Redação Final dos documentos dessas reuniões; membro da Comissão Consultiva Internacional do The World Book Encyclopædia Dictionary (Thorndike-Barnhart Copyright, Doubleday & Company, USA, 1963); membro do Conselho Federal de Educação e do Conselho Federal de Cultura; Professor Emérito da Universidade Federal de Minas Gerais. Esteve sempre ligado à educação e, como professor, preocupou-se com a língua portuguesa, de que foi um conhecedor exímio e representante fiel.
 
Pertenceu à Academia Mineira de Letras, à Academia Municipalista de Letras de Belo Horizonte, à Academia Brasiliense de Letras; ao Instituto de Estudos Latino-Americanos da Universidade de Stanford, Califórnia, EUA, e foi Presidente da Sociedade Brasileira de Cultura Inglesa de Belo Horizonte. 
Em todos os postos que ocupou, como no magistério, Abgar Renault desenvolveu intensa e exemplar atividade, registrando em A palavra e a ação (1952) e Missões da Universidade (1955) seus estudos e reflexões. Além disso, foi um grande poeta. Contemporâneo de Carlos Drummond de Andrade, juntou-se ao grupo surrealista moderno e participou do movimento modernista de Minas Gerais. Desde então, sua importância na literatura contemporânea só fez crescer. Apesar de ter a obra associada ao Modernismo, fazia uma poesia original, audaciosa, não formalista e não ligada a nenhuma escola poética. Era dos que não faziam questão de aparecer em público, mas sua qualidade literária se impõe nos livros que publicou. Foi também um notável tradutor de poetas ingleses, norte-americanos, franceses, espanhóis e alemães. Era um grande especialista em Shakespeare. Sua poesia tem sido incluída em numerosas antologias, no Brasil e no exterior. 
Obras: Sonetos antigos (1968); A lápide sob a lua, poesia (1968); Sofotulafai, poesia (1971); A outra face da lua, poesia (1983); Obra poética, reunião das obras anteriores (1990). Traduções: Poemas ingleses de guerra (1942); A lua crescente (1942), Colheita de frutos (1945) e Pássaros perdidos (1947), de Rabindranath Tagore; O boi e o jumento do Presépio (1955), de Jules Supervielle. Essas obras foram reunidas, em grande parte, em Poesia Tradução e versão (1994).

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Fonte texto:Portal Netsaber

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