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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Deputado pede desculpas e resume o bolsonarismo: tigrão nas redes, covarde na vida

Visivelmente acuado, deputado Daniel Silveira pede perdão 5 vezes e resume o bolsonarismo: tigrão nas redes sociais, tchutchuca na vida real. Acompanhe a votação AO VIVO

De um batalhão policial na cidade de Niterói (RJ), onde segue preso por incitar atos conta a democracia e o Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) pediu desculpas cinco vezes por conta de suas falas.

Visivelmente acuado, o deputado alegou em diversos momentos que, no momento em que gravou o vídeo, foi tomado por um momento passional, e afirmou que sua inexperiência como ator público pesou ao dizer o que tinha dito.

De um batalhão policial na cidade de Niterói (RJ), onde segue preso por incitar atos conta a democracia e o Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) pediu desculpas cinco vezes por conta de suas falas.

Visivelmente acuado, o deputado alegou em diversos momentos que, no momento em que gravou o vídeo, foi tomado por um momento passional, e afirmou que sua inexperiência como ator público pesou ao dizer o que tinha dito.

Apesar de preso, Silveira foi autorizado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes a apresentar sua defesa de forma remota à Câmara.

Silveira, então, leu um texto pontuando citações ao jurista Ives Gandra, que é fã de Olavo de Carvalho.

O parlamentar fluminense também fez críticas ao tratamento que recebeu da mídia e das redes sociais após atentar contra a democracia. “Fui isolado do mundo e tive todas minhas redes sociais deletadas – uma clara ação exagerada, uma vez que não sou nenhum criminoso.”

Ao final de sua fala, o parlamentar se referiu ao Supremo: “Peço desculpas pela minha fala, reconhecendo como reconheci a importância do Supremo Tribunal Federal, uma instituição muito importante”, afirmou, três dias após ameaçar vários dos integrantes da corte. “Gostaria de solicitar desculpas ao povo brasileiro.”

Ao fim, Silveira apelou à consciência dos seus pares: “Peço que meus pares reflitam na hora de seu voto, porque todos os que estão presentes, todos os 513 deputados, podem em algum momento errar, e não haverá óbice algum para que vocês enfrentem aquilo que eu estou enfrentando, mesmo sabendo que eu não cometi crime, que eu não tinha intenção”.


Ao comentar a mudança de postura de Silveira, o jornalista Kiko Nogueira lembrou uma canção de Bezerra da Silva. “Até anteontem, Silveira se achava acima do bem e do mal. Gilmar Mendes era o sujeito que ‘vende sentenças’, Edson Fachin era “moleque, mimado, mau caráter, marginal da lei, vagabundo, cretino e canalha, a nata da bosta do STF’, alguém em que ele bateria com bato morto até miar. Alexandre de Moraes era ‘Xandão do PCC’ e Barroso o homem que ‘gosta de culhão roxo'”, observou Nogueira.

“Daniel Silveira é um risco à democracia e à sociedade e merece mofar numa cela de forma exemplar. Mas é, sobretudo, um resumo do bolsonarismo: covarde que desmontou com dois dias na gaiola. Como cantava Bezerra da Silva: ‘Você com revólver na mão é um bicho feroz, feroz. Sem ele, anda rebolando e até muda de voz'”, acrescentou.

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