Nos últimos trinta anos, os homossexuais foram associados e discriminados também por conta do surgimento do vírus HIV e da epidemia da Aids, éramos chamados de aidéticos, nos organizamos e vencemos, hoje a epidemia não tem mais grupo vulnerável ou específico, mas ainda perdemos muitos amigos e companheiros por conta de uma vulnerabilidade social que impede do pleno exercício da sexualidade e expõe gays, travestis e transexuais ao risco de infecção do vírus.
Conquistamos alguns avanços como o programa Brasil Sem Homofobia iniciado no governo LULA, a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, as conferências municipais, estaduais e nacionais dos direitos das pessoas LGBT.Mas a política não pode ficar restrita ao âmbito federal, ela deve ser intersetorial e transversal sendo executada também nas localidades, como estados e municípios.Foram criadas muitas coordenadorias LGBT mas ainda não alcançamos políticas de estado no âmbito local com um pacto interfederativo que promova a igualdade de oportunidades para homens e mulheres independente das suas identidades de gênero ou orientação sexual.Os fundamentalistas vem se organizando na sociedade, ganhando forças através dos posicionamentos de Marco Feliciano que preside a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados e polemizando a PL 122 afirmando que o movimento LGBT declarou guerra santa contra evangèlicos.
Precisamos mesmo é organizar nosso seguimento politizando o debate e apontando as estratégias de mobilização e controle social exigindo dos poderes públicos executivo, legislativo e judiciários o combate às diversas formas de violência e outras intolerâncias bem como a criminalização da homofobia, lesbofobia e transfobia e um sistema educacional que promova cultura de paz e o respeito às diferenças nos bancos escolares como em toda a sociedade.
Fonte texto: Portal UNEGRO
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