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sexta-feira, 15 de março de 2019

Ronnie Lessa recebeu R$ 100 mil após matar Marielle, mostra relatório

O policial Ronnie Lessa, ex-sogro do filho de Bolsonaro, teve R$ 100 mil depositados em sua conta alguns meses depois do assassinato de Marielle Franco
Um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) apontou um depósito de R$ 100 mil, em dinheiro, na conta de Ronnie Lessa — o policial reformado acusado de ter efetuado os disparos que mataram a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes. O depósito foi feito na conta do homem em outubro do ano passado, sete meses depois do crime.
Um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) apontou um depósito de R$ 100 mil, em dinheiro, na conta de Ronnie Lessa — o policial reformado acusado de ter efetuado os disparos que mataram a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes.
O depósito foi feito na conta do homem em outubro do ano passado, sete meses depois do crime.
O Ministério Público citou esse relatório em um pedido de bloqueio dos bens de Lessa e do ex-PM Élcio Queiroz, também preso. O MP pediu o bloqueio para garantir a indenização por danos morais e materiais às famílias da vereadora e do motorista.
O relatório do Coaf cita ainda bens materiais de Ronnie Lessa, como uma lancha, um veículo blindado avaliado em cerca de R$ 150 mil e uma casa no condomínio Vivendas da Barra, na zona oeste, onde imóveis estão avaliados entre R$ 1,5 milhão e R$ 4,5 milhões — os bens seriam incompatíveis com a renda de um PM reformado (uma aposentadoria líquida de R$ 7.463,86).
Ronnie Lessa e Élcio Queiroz foram presos na última terça-feira (12) no Rio de Janeiro. Os dois tiveram acesso a informações privilegiadas e estavam fugindo no momento em que foram detidos, às 4h30 da madrugada. Lessa estava saindo de sua casa, enquanto Queiroz já encontrava-se na esquina da rua onde morava.

Filho de Bolsonaro

Ronnie Lessa é vizinho do presidente Jair Bolsonaro em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca e foi exatamente lá que a polícia o prendeu.
Ao ser questionado na entrevista coletiva sobre essa ‘coincidência’, o delegado Giniton Lages afirmou que a informação não era “relevante neste momento das investigações” e que não havia relação direta entre Lessa e a família Bolsonaro.
Ainda na coletiva de imprensa, um jornalista insistiu no tema e confrontou o delegado com uma informação que, certamente, não seria revelada ao público e deixou Giniton Lages atônito. “E o filho mais novo do Bolsonaro, ele namora a filha de Ronnie Lessa?”.
Giniton Lages mostrou-se desconfortável e foi obrigado a admitir: “Bom, isso [o namoro] tem. Isso, tem. Mas para nós isso não importou na motivação delitiva e será enfrentado no momento oportuno”, respondeu.
No dia seguinte, o jornal O Globo informou que o delegado Giniton Lages seria afastado do caso Marielle Franco. A informação foi confirmada horas mais tarde pelo governador Wilson Witzel (PSC). O motivo oficial é que ele já “teria cumprido a sua missão”.
Fonte: Pragmatismo Político

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