O site Piracy Data reúne opções para o download legal de filmes e músicas
O site Piracy Data (www.piracydata.org) é um bom exemplo do problema que leva muitas pessoas a enveredar pela pirataria na internet com o intuito de encontrar um filme para assistir. Ele cobre somente o mercado americano, mas usa dados do TorrentFreak (www.torrentfreak.com), que publica os dez filmes mais pirateados todas as semanas, e do CanIStreamIt (www.canistream.it), uma ferramenta de buscas de fontes legais para a compra de filmes. Eles mostram quais filmes do interesse do usuário americano poderiam realmente ser comprados e não pirateados.
Dos dez filmes mais pirateados nos Estados Unidos, somente três poderiam ser alugados online. Seis poderiam ser comprados na web legalmente, enquanto outros quatro não têm qualquer alternativa legal (O Ataque, Elyseum, Os Instrumentos Mortais: Cidades dos Ossos e Dose Dupla). E nenhum dos dez filmes está disponível em serviços de streaming como o Netflix e o Hulu.
Esse resultado, segundo os dados do site, não é incomum. Nas últimas três semanas, somente 20% dos filmes da lista estiveram disponíveis para compra ou aluguel digital. E nenhum deles estava em qualquer dos serviços de streaming, como acontece com a lista atual. A sedução da pirataria fica mais aparente nesses dados.
Um dos criadores do Piracy Data, Jerry Brito disse aoWashington Post que a ideia de criar o site surgiu quando a indústria do entretenimento começou a criticar o Google. Dizia-se então que o site de buscas não tomava medidas suficientes para coibir a pirataria, mesmo quando a empresa já tinha tomado medidas importantes, como rebaixar resultados que levassem a sites conhecidos por hospedar conteúdo pirata.
“A Associação Cinematográfica dos EUA (MPAA, em inglês) reclama que o Google fornece os links para as pessoas, mas qual é a alternativa?”, pergunta Brito, notando que raramente existiriam opções legais para os filmes buscados pelos usuários. Segundo ele, Hollywood deveria mudar seu modelo de negócios e “tomar suas próprias medidas para lidar com a pirataria”, em vez de continuar a jogar a culpa nas empresas de tecnologia. É uma solução sensata que a indústria do entretenimento continua longe de entender e ainda mais distante de pensar em adotar.
Fonte: A Carta Capital
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