Em Dia Nacional de Mobilizações contra a rede Globo, mineiros marcham até a porta da emissora para denunciar manipulação“Vem somos milhões, vem derrubar a Rede Globo é hora de lutar! Não é na tela da TV é no meio do povo! Nós vamos derrubar a Globo!”
Com cantos e palavras de ordem cerca de 4 mil manifestantes, integrantes de movimentos populares e sindicais, marcharam por 4 quilômetros, da Praça Raul Soares até a sede da Rede Globo, no bairro Caiçara, região noroeste de BH. O ato, que começou às 19 horas, foi organizado pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo com intuito de chegar à sede da emissora no horário do Jornal Nacional, veículo apontado pelos manifestantes como carro chefe das manipulações da empresa.
Com cantos e palavras de ordem cerca de 4 mil manifestantes, integrantes de movimentos populares e sindicais, marcharam por 4 quilômetros, da Praça Raul Soares até a sede da Rede Globo, no bairro Caiçara, região noroeste de BH. O ato, que começou às 19 horas, foi organizado pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo com intuito de chegar à sede da emissora no horário do Jornal Nacional, veículo apontado pelos manifestantes como carro chefe das manipulações da empresa.
Com o nome “Desligue seu ódio, boicote a Rede Globo”, a marcha tinha o objetivo, segundo as Frentes, de denunciar o papel da emissora no golpe em curso no país e dar visibilidade a várias ilegalidades em que ela estaria envolvida. Outro tema central é a denúncia do monopólio: hoje, a empresa detém 80% dos veículos de comunicação no Brasil. “Isso é um atentado à democracia e à liberdade de expressão. Esse monopólio da informação é extremamente prejudicial para a população”, afirma Alessandra Mello, presidenta do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais.
A manifestação aconteceu exatamente na data em que o impeachment da presidenta Dilma Rousseff completa 2 anos: 17 de abril. Em uma intervenção, os manifestantes representaram a manipulação da emissora, colocando os telespectadores como fantoches da empresa. Além disso, ao longo de todo o trajeto, projeções se destacavam nas fachadas de prédios: “A Globo condena e prende!”. Segundo os manifestantes, a frase fazia referência à campanha feita pela emissora para que o ex-presidente Lula fosse condenado.
Para a faxineira Raquel da Silva, moradora do Nova Esperança, bairro por onde passou a marcha, a denúncia é legítima. “O Lula foi o presidente que mais ajudou o povo e a Globo só fala mal dele. Ela nunca fala as coisas boas que ele fez”, argumenta.
Paulo Henrique, do sindicato dos trabalhadores em educação e integrante do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), acredita que a população está ciente do papel da rede Globo. “Fomos recepcionados pela grande maioria dos moradores com aplausos e sinais positivos. Isso demonstra que o povo defende a democratização da comunicação e é contra o monopólio da Globo”, diz.
Na chegada à emissora, a Polícia Militar havia armado uma escolta reforçada para impedir a chegada da marcha até a porta da Globo. Sílvio Netto, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) avalia: “já é vitorioso o ato de hoje (17), e ele é só o primeiro. Está cumprida nossa missão de chegar até aqui e denunciar esta empresa. Se hoje somos quase 4 mil, amanhã seremos milhões”.
Fonte: Brasil de Fato
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