Durante o ato, promovido pelas centrais sindicais CTB, CUT, Força Sindical e a Conlutas, os trabalhadores denunciaram o tratamento dispensado pelos empresários, que ainda usam a velha alegação da crise econômica, quando chega à época de negociar a pauta trabalhista.
“É fundamental essa unidade construída entre as centrais e, principalmente, entre as categorias. Essa unidade é a força máxima da classe trabalhadora que só avança nos direitos através de muita luta e mobilização. Por isso estamos aqui, mostrando que não vamos nos calar, não vamos aceitar essa exploração imposta pelo patronado. Vamos para as ruas para evitar a retirada e flexibilização de direitos. Juntos, somos fortes”, afirmou Onofre Gonçalves, presidente da CTB São Paulo.
Além de fortalecer a luta dos trabalhadores, tanto da iniciativa privada quanto do setor público por aumentos reais de salários e melhoria de benefícios, o ato teve como objetivo reforçar a luta pela pauta nacional da classe trabalhadora, que está parada no governo e no Congresso Nacional.
Nortearam as falas dos sindicalistas, a isenção de imposto de renda na PLR – Participação nos Lucros e Resultados, a regulamentação da Convenção 151 e ratificação da Convenção 158, ambas da OIT, o fim da terceirização e da rotatividade.
Vagner Freitas, presidente da CUT, destacou que é fundamental fortalecer a luta dos trabalhadores por aumento de salário e melhores condições de trabalho, até mesmo para ajudar o país a enfrentar os efeitos da crise econômica internacional. “Com mais salário, melhores condições de trabalho e parcela maior da PLR no bolso do trabalhador continuaremos contribuindo para o fortalecimento do mercado interno, que, desde 2008, vem sendo a principal âncora da nossa economia. Foi esta estratégia, iniciada no governo Lula que permitiu que o Brasil não sofresse tanto os efeitos da crise como a Europa e os Estados Unidos”, argumentou o dirigente.
Opinião compartilhada por Miguel Torres, presidente em exercício da Força Sindical. “Nossa solidariedade é importante neste momento. Vale lembrar que os patrões que negociam com os metalúrgicos do ABC são os mesmos que vão negociar conosco. Precisamos estar firmes e mobilizados para enfrentar os desafios da negociação por aumento real, valorização do piso salarial, redução da jornada e outros avanços”, ressalta Miguel Torres.
Das categorias presentes, ecetistas e bancários estão em greve. Os trabalhadores enfrentam a intransigência dos patrões, que se negam a apresentar uma proposta que atenda às necessidades das categorias. As duas categorias fazem parte das que têm data base em 1º de setembro. Assim como metalúrgicos, químicos e os petroleiros que podem cruzar os braços por 24 horas na próxima quarta-feira (26).
“A intransigência da Fenaban já era esperada, por ser um dos setores mais conservadores. Eles querem demonstrar força. E esseato ajuda no sentido para demonstrar que nós trabalhadores também estamos unidos e fortes. Não esperamos sensibilizá-los, porque sabemos que isso não vai acontecer. E sim, que eles adotem uma postura séria e responsável, pois têm a consciência dos problemas enfrentados pelos trabalhadores do setor financeiro”, destacou o cetebista Alex do Livramento, dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
Metalúrgicos do ABC também não descartam uma paralisação dos trabalhadores das montadoras de automóveis, apesar de já existir acordo fechado para os trabalhadores dessa categoria. No ano passado, os 105 mil metalúrgicos representados pelo sindicato fecharam acordo válido por dois anos, garantindo aumento real de 5% no biênio. “Não descartamos envolver as montadoras nas paralisações dos metalúrgicos, caso a greve se estenda”, afirmou Wagner Santana, secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
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Fonte texto: Portal CTB
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